Sábado, 27 de Julho de 2024
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Colóquio Sindicalismo, trabalho e cidadania: 90 anos depois do 18 janeiro 1934

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, Ciências Sociais, História

Colóquio
Sindicalismo, trabalho e cidadania: 90 anos depois do 18 de Janeiro de 1934
Lisboa, 20-21 Junho 2024

Oportunidade

Com evocação do movimento do 18 de janeiro de 1934, a tentativa de greve geral revolucionária que procurou travar o Estado Novo, e no ano em que se celebram 50 anos depois da Revolução de Abril, sociólogos e historiadores de diversas instituições académicas portuguesas organizam um colóquio multidisciplinar para debater as mudanças no sindicalismo, no trabalho e na cidadania ao longo de todo este período. Um passo decisivo para a edificação do Estado Novo, como prosseguimento da situação que vinha a ser imposta pelo Exército e outras forças conservadoras desde o golpe-de-Estado de 28 de Maio de 1926, foi a corporativização obrigatória dos sindicatos. Nestas circunstâncias, apesar das suas notórias divergências políticas e ideológicas, o movimento operário envolveu-se num combate frontal e decisivo contra o regime. Em Os Sindicatos contra Salazar - A revolta do 18 de janeiro de 1934, publicado pela Imprensa de Ciências Sociais em 2000, Fátima Patriarca descreveu e analisou as circunstâncias, os factos e as consequências desta greve geral revolucionária, desencadeada por uma frente sindical envolvendo a Confederação Geral do Trabalho-CGT (de orientação sindicalista-revolucionária), a Comissão Intersindical (CIS, controlada pelos comunistas), a Federação das Associações Operárias (FAO, animada por socialistas), a Federação dos Transportes (unitária) e a Comissão das Organizações Sindicais Autónomas. Nesta ação, a coligação sindical propunha-se, não apenas preservar a liberdade de criação, organização e ação das associações sindicais dos trabalhadores assalariados, mas igualmente contestar as restrições à liberdade que a Ditadura, e concretamente o Estado Novo, queriam impor aos cidadãos portugueses. Aquele entendimento foi estendido também às formações político-partidárias existentes para, em caso de sucesso, colaborarem no objetivo de retorno às liberdades que haviam sido proclamadas pelo regime Republicano. A greve geral revolucionária foi objeto de algumas mitificações e controvérsias historiográficas. Tendo em memória esta ação conjunta, também de natureza política, do movimento sindical, apesar do contexto adverso e da sua heterogeneidade, considera-se pertinente e oportuno a realização de um debate alargado sobre o sindicalismo e o mundo do trabalho. Esta será, pois, uma oportunidade, não apenas para revisitar as oposições dos movimentos operários ao capitalismo e aos regimes autoritários de entre guerras, como para refletir sobre a conjuntura e formas históricas de transição do sindicalismo revolucionário para um sindicalismo reformista ou de progresso, até à sua plena institucionalização no quadro do regime democrático, em que assume o papel de parceiro social, e às dificuldades agora observadas.

Racional

Os sindicatos não foram e não são o único modelo, a única forma de representação dos interesses dos trabalhadores. É por isso pertinente refletir sobre o lugar do sindicalismo nas manifestações históricas do associativismo e da intervenção cidadã; sobre o processo de institucionalização do sindicalismo, os discursos, os repertórios de ação concorrentes e/ou complementares entre os vários tipos/modelos de associativismo; as relações com o Estado dos diferentes tipos de associações, sindicais incluídas, e do Estado com os diferentes tipos de associações (favorecendo umas em detrimento de outras) na longa duração – bem como os modelos de cidadania que em cada caso estão subjacentes.

Call for papers
Deadline - 15 Dezembro 2023

Aceita-se a apresentação de propostas de comunicações de ordem teórica e/ou empírica nas seguintes quatro áreas temáticas:

  1. Desabrochar do sindicalismo operário
  2. Movimento Operário
  3. Pactos Sociais para a Prosperidade
  4. Desregulamentação dos mercados laborais

O Colóquio terá o Português como idioma de trabalho. Poderão ser aceites comunicações escritas em língua Castelhana, desde que os comunicantes entendam a língua portuguesa falada. O resumo da proposta de comunicação deve ter uma dimensão entre 150 e 300 palavras e ser enviada para: coloquio.sindicalismo.2024@gmail.com

Organização

O Colóquio terá lugar no Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa e no Iscte-Instituto Universitário de Lisboa e é também patrocinado pelo CIES-Iscte, CHUL/FL-UL, CICL-UÉvora, SOCIUS/CSG-ISEG-ULisboa e IHC/FCSH-UNL. O Colóquio terá o Português como idioma de trabalho. Poderão ser aceites comunicações escritas em língua Castelhana, desde que os comunicantes entendam a língua portuguesa falada. O resumo da proposta de comunicação deve ter uma dimensão entre 150 e 300 palavras e ser enviada para: coloquio.sindicalismo.2024@gmail.com

Contacto: coloquio.sindicalismo.2024@gmail.com

Mais informações: https://www.ics.ulisboa.pt/en/evento/call-papers-coloquio-sindicalismo-trabalho-e-cidadania

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