Prazo: 25 de abril | 25 de agosto

Organizadores: Josnei Di Carlo (UFSC) | Rodrigo Czajka (UFPR)

 

Pedrosa é um dos poucos intelectuais brasileiros cuja trajetória lança luz sobre as artes e a política no Brasil. Entre os anos 1920 e 1930, militou no Partido Comunista do Brasil (PCB) e, após tomar conhecimento das perseguições de Stálin, na Oposição de Esquerda. No período, publicou seus primeiros textos sobre artes visuais, mas só a partir de 1947 escreveria regularmente sobre o tema, ao criar a coluna de artes do Correio da Manhã.

 

Com a derrubada do Estado Novo, voltou ao Brasil e passou a militar pela renovação das artes e da política: de um lado, defendendo o abstracionismo; de outro, o socialismo democrático. Assim, suas ideias desembocaram no mundo das artes – com o surgimento do Grupo Frente e do neoconcretismo, especialmente – e na arena política – com a fundação do Partido Socialista Brasileiro (PSB), particularmente.

 

Nem mesmo no outono da vida suas lutas arrefeceram. Foi o primeiro a assinar o manifesto de fundação do Partido dos Trabalhadores (PT), lançado em 10 de fevereiro de 1980, no Colégio Sion, em São Paulo – gesto simbólico que reconhecia não só sua importância para a história do socialismo no Brasil quanto o fato de ter sido um dos primeiros intelectuais a defender publicamente a criação do PT. No mesmo ano, como entusiasta da experiência de terapêutica ocupacional de Nise da Silveira no Centro Psiquiátrico Nacional, instalado no  bairro Engenho de Dentro do Rio de Janeiro, coordenou a edição do catálogo do Museu de Imagens do Inconsciente.

 

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