Revista Crioula abre chamada para o dossiê n. 36: “A participação das mulheres nas lutas de libertação"
Data de abertura: ⋅ Data de encerramento: ⋅ Países: Brasil
Neste ano, recordamos os 50 anos das independências das antigas colônias portuguesas no continente africano, que foi conquistada em 1975. A data, no entanto, foi precedida por intensas guerras de libertação/guerras coloniais. Muitas mulheres participaram ativamente nas lutas de libertação, como foi o caso das guerrilheiras da Organização das Mulheres Angolanas (OMA), a ala feminina do MPLA, pelo qual passaram figuras importantes para a luta anticolonial, como Deolinda Rodrigues. Ainda há muito para investigar a respeito do entrelaçamento da situação das mulheres com as lutas de libertação, mas o tema já desperta interesse há algum tempo. Em 2009, as escritoras Dya Kassembe e Paulina Chiziane organizaram “O livro da paz da mulher angolana: as heroínas sem nome”, cruzando histórias de mulheres que, de alguma forma, tiveram a vida modificada na ocasião das guerras pelas independências. As posições ocupadas por essas mulheres na guerra são todas distintas, estando entre elas mulheres que foram vítimas de estupros como armas de guerra, que foram raptadas por uma guerrilha, que perderam seus maridos ou filhos durante o conflito, entre outras situações-limite. Pensando nisso, convidamos pesquisadores a refletir sobre como a presença feminina nos conflitos armados está figurada na literatura produzida nos países de língua portuguesa, enviando artigos até o dia 30/09/2025. Também serão bem-vindos artigos que tragam as literaturas de língua portuguesa em conjunto com outras literaturas e formas de arte, como a música, pintura e cinema.
A revista continua recebendo em fluxo contínuo textos para a seção livre.


