DOSSIÊ: Imagem em movimento, cinema expandido, filmes de artista.

Poucos anos depois da invenção de dispositivos como o Cinematógrafo em fins do século XIX, que apresentaram ao mundo a possibilidade de projeção da imagem que se move, o cinema se constituiu em uma forma hegemônica fundada em um certo paradigma de representação e de exibição: uma formação específica que impõe à imagem em movimento um destino narrativo, em obras que assistimos para acompanhar uma história, segundo as normas de espectatorialidade de uma instituição particular, herdada do teatro italiano - a sala de cinema.

​​No entanto, desde o começo do século XX, artistas se apropriaram da imagem em movimento para outros usos, outros experimentos, outras descobertas, inaugurando tradições postas à margem da forma cinema consolidada. É a história do Cinema de vanguarda e experimental, do Cinema expandido (experiências da década de 1960 oriundas do Fluxus, da Pop art, do Concretismo e neoconcretismo brasileiros, por exemplo), da Videoarte, do filme de artista e do Cinema de exposição.

Para este dossiê, os organizadores aceitam propostas que abordem formas diversas de dissidência da forma hegemônica da imagem em movimento: cinema de atrações, filmes experimentais, cinema expandido, experimentos com o tableau vivant, etc. Os artigos poderão abordar obras específicas ou constelação de obras, quer sejam contemporâneas, quer de outros momentos históricos. Quer sejam trabalhos brasileiros, quer obras de outros países. Também serão aceitas traduções de artigos e textos críticos importantes sobre cinema experimental.

Organizadores: André Antônio (UFPE) e Hermano Callou (UFRJ).

As/os interessadas/os deverão submeter seus trabalhos, até o dia 03/03/2024, na plataforma da Revista Cartema, conforme as Diretrizes para Autores, disponível em

https://periodicos.ufpe.br/revistas/index.php/CARTEMA/about/submissions

O lançamento da revista está previsto para o segundo semestre de 2024.