Em Construção, da UERJ, recebe artigos para o Dossiê Diásporas, Dissidências e Devastações
Início: ⋅ Fim: ⋅ Data de abertura: ⋅ Data de encerramento: ⋅ Países: Brasil
Chamada para artigos, Ciências Humanas e Sociais, Estudos Africanos, Estudos Afro-Americanos, Filosofia, Género, Povos indígenas
A revista Em Construção: arquivos de epistemologia histórica e estudos de ciências (ISSN: 2526-5792), editada pelo Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UERJ, recebe artigos para o seu próximo dossiê que terá como tema Diásporas, Dissidências e Devastações. Os investigadores interessados em colaborar têm até 7 de setembro de 2020. Publicam-se artigos em seis idiomas: português, espanhol, inglês, francês, italiano e alemão.
Diásporas, Dissidências e Devastações
O sistema mundo/colonial/capitalista/patriarcal/heteronormativo/cristão/militar promoveu devastações e produziu o mundo como o conhecemos (KILOMBA, 2019). Em outras palavras, o colonialismo forçou e continua promovendo o espalhamento, a obliteração e o genocídio dos povos que se encontram, como nos alerta Krenak (2019), na ‘periferia da humanidade’. Seus corpos e suas práticas - dissidentes da norma colonial - seguem resistindo enquanto sobrevivem e atravessam o fim do mundo como o conhecemos reconstituindo outra (s) existência (s). Este dossiê reunirá produções que se propõem a (re)construir outro pensamento e ação-política contra colonial e anti cisheteronormativa. O intuito é rompermos com uma ciência estanque que legitima e monopoliza o saber universal e eurocentrado enquanto desumaniza corpos a partir de concepções racistas e LGBTQfóbicas (COLLINS, 2019; GUEDES, 2017). Sabemos que os estudos da contra colonialidade vão muito além de um projeto acadêmico. No nosso entendimento, a contra colonialidade consiste também numa prática de oposição e intervenção que surgiu desde quando o primeiro sujeito colonial reagiu contra os desígnios imperiais do homem branco colonizador (GROSFOGUEL, 2011; MALDONADO-TORRES, 2016). E assim, os povos em diáspora e aqueles que se desviam da norma branca cisheteronormativa resistem às degradações ontoepistemológicas ocidentais (SILVA, 2014). Desta forma, propomos narrativas nos formatos de artigo acadêmico, resenha, relato de experiência e que versem sobre todas e quaisquer formas de saberes contra coloniais, seja a saúde, a educação, ciências humanas em geral, cosmologias indígenas e africanas, etc.
Organizadoras:
- Cassiana Rodrigues (Doutoranda do Instituto de Medicina Social/UERJ);
- Flávia Souza (Doutoranda do Instituto de Medicina Social/UERJ);
- Gabriela Barreto (Doutoranda do Instituto de Medicina Social/UERJ);
- Kelly Diogo (Doutoranda do Instituto de Medicina Social/UERJ
Mais informações na página da revista Em Construção: arquivos de epistemologia histórica e estudos de ciências.