O número 50 Anos de Autoficção: escritas e problematizações no mundo de língua portuguesa tem como objetivo refletir sobre o termo criado por Serge Doubrovsky em 1977 no espaço lusófono. Com forte tradição no universo literário francês, só recentemente é que a autoficção – como género, subgénero ou estratégia narrativa – ganhou amplo espaço de reflexão teórica no mundo anglo-saxónico. O mesmo pode ser dito em relação ao mundo de língua portuguesa, em que, com exceção do Brasil, o estudo da autoficção permanece incipiente, apesar de diversos autores terem publicado, grosso modo, nos últimos 30 anos, uma série de obras consideradas autoficcionais.

Deste modo, o seguinte número da Études Romanes de Brno propõe-se abordar a autoficção partindo das diversas geografias da língua portuguesa, num claro sinal de interesse por um assunto que carece de estudo e que tem na língua mais falada do Hemisfério Sul um fértil campo de investigação.

Data-limite para envio do texto: 31 de julho de 2026

Eixos temáticos

1 – Receção do termo em Portugal, no Brasil e nos PALOP;

2 – Autoficção e estudos de memória, pós-memória;

3 – Autoficção e trauma;

4 – Autoficção e escrita terapêutica;

5 – Os desafios da autoficção no mundo contemporâneo;

Objetivos do número

1 – Celebração dos 50 anos da criação do termo por Doubrovsky;

2 – reflexão sobre o estudo no universo da língua portuguesa;

3 – a atualidade do tema na literatura contemporânea;

4 – a abertura da autoficção às diversas literaturas lusófonas;

5 – ausência de estudos em língua portuguesa (sobretudo em Portugal e em África),

6 – o crescimento exponencial dos falantes de língua portuguesa, a língua mais falada no Hemisfério Sul;

7 – a importância da criação de reflexão teórica sobre autoficção em língua portuguesa

Mais informações: https://journals.phil.muni.cz/erb/announcement/view/3992