Sábado, 19 de Outubro de 2024
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Chamada para artigos - Afrofuturismo e suas traduções

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Língua, Tradução

 
O afrofuturismo, movimento estético, narrativo e filosófico da afrodiáspora, foi assim nomeado em um texto de Mark Dery (1993), no qual o autor conversa com Samuel R. Delany (escritor de ficção especulativa), Greg Tate (crítico musical) e Tricia Rose (Professora da Universidade de Brown). O termo foi mais elaborado e discutido, em seguida, por Alondra Nelson (2002). No entanto, mais cedo no século XX (1950 – 1980), expoentes como Sun Ra, Lee “Scratch” Perry e George Clinton, mesclando música, cosmologia e ancestralidade, já delineavam o futurismo negro como uma declaração política, reivindicando tempos, narrações e representações. Esse movimento, que já ganhou outras vertentes e nomenclaturas (africanfuturism, jujufuturism, ancestrofuturismo), fabula o passado negro, reimagina sua condição presente e projeta futuros, a partir da ficção científica e especulativa, do realismo fantástico e de cosmologias não europeias, traçando laços entre literatura, música, performance, artes visuais e tecnologia.

Segundo Achille Mbembe (2016), os afrofuturistas se opõem abertamente ao humanismo ocidental que, para definir o "humano" delegou a certos seres, entidades, a posição de "não-humano", de objeto ou ferramenta. Para ele, o modo como os indivíduos não-brancos foram, e são, tratados já determinou um lugar de experiência prototípica para as elocubrações afro sobre as conjunções entre humano e objeto e tudo que está além do humano. Vemos, então, o devir filosófico negro se desenhar na especulação do futuro do presente provocador afrofuturista.
Considerando tal contexto estético e suas possibilidades de tradução, a presente edição da Belas Infiéis, com o intuito de aumentar a difusão das correntes estéticas afrofuturistas, convida os interessados no tema a contribuir com textos que tratem de sua tradução, nas mais diversas modalidades.

 
Buscamos artigos ou ensaios que tratem dos seguintes temas:

  • tradução / versão de textos afrofuturistas;
  • afrofuturismo e suas premissas como uma abordagem teórica possível para a tradução;
  • adaptações ou releituras de obras afrofuturistas;
  • panoramas sobre as traduções de textos afrofuturistas;


Além de:

  • resenhas sobre obras afrofuturistas traduzidas;
  • entrevistas com tradutores ou autores;
  • traduções literárias sobre essa temática;
  • artigos traduzidos que versem sobre essa temática.


*Traduções comentadas devem ser enviadas para a seção artigos e obedecer a seus critérios.

Prazo para envio de contribuições: 13 de setembro de 2020
 

Organizadoras:

  • Profa. Dra. Fernanda Alencar Pereira (UnB)
  • Dra. Kênia Cardoso Vilaça de Freitas (pós-doutoranda, Unesp)
  • Profa. Dra. Viviane Mendes de Moraes / Aza Njeri (UFRJ)


Mais informações na página da revista e no correio eletrônico: belasinfieis@gmail.com.

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