Terça-feira, 16 de Dezembro de 2025
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Chamada da revista Alea. Estudos Literários Neolatinos: Literatura e práticas translíngues

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Estudos Culturais, Literatura

A revista Alea. Estudos Literários Neolatinos (ISSN 1807-0299, ISSN-L 1517-106X, Qualis A1 em Linguística e Literatura), uma publicação do Programa de Pós-graduação em Letras Neolatinas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, está com chamada aberta, até 15 de janeiro de 2021, para o volume 23/2 (maio, junho, julho, agosto/2021), com o tema: Literatura e práticas translíngues.

Editores convidados: Antonio Andrade (UFRJ) e Pablo Gasparini (USP)

As línguas estão repletas de espaços transicionais, zonas de indiscernibilidade, camadas dialógicas. Nesse sentido, pensar, no âmbito da literatura, formas de interface entre línguas, variedades linguísticas, discursividades e estratégias enunciativas diversas é refletir sobre o processo de produção, leitura e circulação do literário a partir de uma ótica atenta aos contatos linguístico-culturais. Mas se, por um lado, essa heterogeneidade configura a própria dimensão constitutiva da linguagem, por outro, pode-se perceber que diferentes práticas translíngues vêm sendo apropriadas – estética, política e culturalmente – como signos de desestabilização tanto das tradições nacionais, quanto das concepções homogeneizantes, logocêntricas e autonômicas de escrita literária, representação e subjetividade. Tais atravessamentos contínuos entre línguas/culturas podem ser analisados em qualquer momento histórico, embora seja importante destacar que o século XX e também este início do século XXI são períodos intensamente marcados por deslocamentos e migrações ao redor do mundo, devido a guerras, perseguições étnico-religiosas, ditaduras e regimes totalitários, violência, miséria, desigualdade social, dentre outros fatores. Dessa maneira, propomos reunir, neste número da Alea, em torno da ideia de práticas translíngues, artigos que tenham como recorte diferentes contextos espaço-temporais e que partam não só da noção de translinguismo, mas também de distintos lugares teóricos, tais como as noções de heterolinguismo, extraterritorialidade, transárea, hibridismos, deslocamentos linguísticos, relações transatlânticas, interamericanas etc. Lançamos também as seguintes indagações, com o intuito não de limitar, mas apenas de mobilizar possíveis caminhos de reflexão: De que forma textos marcados por práticas translíngues foram (ou vêm sendo) incorporados ou silenciados no âmbito da formação dos cânones literários? Que tipo de impacto vem tendo a autoria de escritores imigrantes, de famílias de imigrantes, em situação de diáspora, expatriados, exilados ou refugiados em distintos contextos de produção e campos crítico-historiográficos? Como se dão esses movimentos de apropriação e trânsitos idiomáticos na obra de escritores não-emigrantes, bem como em autores que escrevem a partir do locus da fronteira ou de comunidades diglóssicas? De que modo os estudos de tradução podem contribuir para a reflexão em torno das práticas translíngues? Qual é a produtividade de se refletir, na esfera dos estudos literários e dos estudos culturais, a respeito dos processos de correlação entre línguas (maternas/estrangeiras; oficiais/minoritárias; coloniais/autóctones)? Que possíveis diálogos poderiam ser travados entre os campos de discussão sobre políticas literárias e glotopolítica a partir das práticas translíngues na literatura? 

Mais informações: https://submission.scielo.br/index.php/alea/index

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