O júri, composto por Pedro Mexia (presidente), Jorge Reis-Sá e Joana Matos Frias, destacou a singularidade da obra vencedora, descrevendo-a como “engenhosamente culturalista e desempoeiradamente quotidiana”, enaltecendo o seu diálogo com a tradição literária moçambicana e a sua abordagem irónica e autobiográfica. Segundo o júri, o autor afasta-se da poesia oficialista, explorando as sensibilidades do quotidiano do “homem médio sensual”.

Além do vencedor, foi atribuída uma menção honrosa a André Craveiro pela obra A Vocação Nómada das Cidades, um texto que, segundo o júri, reinterpreta a tradição do poema em prosa com uma visão imaginativa e contemporânea sobre o espaço urbano.

Pedro Pereira Lopes, natural da província da Zambézia, Moçambique, é autor de romances, poesia, contos e livros infantojuvenis. Com uma trajetória literária marcada por vários prémios, entre eles o Prémio Literário Imprensa Nacional/Eugénio Lisboa (2017) e o Prémio Nacional de Literatura Infantojuvenil (2024), Lopes também se destaca como editor, professor e pesquisador em Maputo.

O Prémio Imprensa Nacional/Vasco Graça Moura contempla, além da publicação da obra vencedora pela chancela da Imprensa Nacional, um prémio monetário de 5.000 euros.

Toda a informação no site da INCM: https://imprensanacional.pt/pedro-pereira-lopes-vence-10-a-edicao-do-premio-imprensa-nacional-vasco-graca-moura-poesia/