A Academia Angolana de Letras será criada esta semana e vai admitir 42 escritores e investigadores para a categoria de membros fundadores, efetivos e beneméritos, que vão totalizar 43, contando já com o seu patrono a título póstumo, António Agostinho Neto. A informação foi divulgada em Luanda, na última quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, pelo presidente do Conselho de Administração da Academia Angolana de Letras, Boaventura Cardoso.

Boaventura Cardoso explicou que o primeiro Presidente da República de Angola, António Agostinho Neto, faz parte desse restrito grupo de membros devido o seu contributo em prol do desenvolvimento literário e por ser um homem de cultura. Fez saber que esse número de 43 membro será fixo, sendo que os seus 42 integrantes só poderão ser substituídos em caso de morte.

Justificou que, a Academia de Angolana de Letras vai contar apenas com esse número reduzido de membros por ser um órgão seletivo, tal como funciona a nível internacional. Para ser admitido como membro efetivo da academia, o candidato deve ser escritor ou investigador angolano, ter obra como objeto de estudo em universidades angolanas ou estrangeiras, ter ganho prémios literários ou de investigação em Angola ou no exterior, possuir obras que tenham sido objeto de ensaios por especialistas em literaturas africanas de língua portuguesa.

Anunciou ainda que a Academia Angolana de Letras vai ser instituída dia 15 de setembro e 34 membros vão subscrever o texto de proclamação, como membros fundadores. A Academia Angolana de Letras, referiu, tem o objetivo de divulgar estudos da literatura e das letras angolanas, promover o estudo da língua portuguesa e das línguas nacionais, constituir coletâneas e antologias e publicar edições de obras completas.

“Promover estudos sobre obras de escritores angolanos nas universidades e em centro de estudos especializados, realizar conferências nacionais e internacionais sobre a literatura, livro, línguas, património cultural, entre outros assuntos ligados à cultura e aos direitos autorais são outros dos propósitos da Academia Angolana de Letras”, acrescentou.

Com Agência Angola Press (ANGOP).