Quarta-feira, 17 de Dezembro de 2025
Congressos

Scientiarum Historia: Filosofia, Ciências e Artes: Conexões Interdisciplinares

Início: Fim: Países: Brasil

Arte, Ciências Humanas e Sociais, Filosofia, História

O HCTE/UFRJ – Programa de Pós-Graduação em História das Ciências, das Técnicas e Epistemologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realiza o Scientiarum Historia IX  de 9 a 11 de novembro no Rio de Janeiro. As inscrições podem ser feitas no primeiro dia do evento, sujeitas à disponibilidade de vagas.

O evento agrega pesquisadores da História das Ciências e das Técnicas e Epistemologia do Brasil. Nele serão expostas e debatidas as produções intelectuais em curso na atualidade em história, filosofia e epistemologia das ciências e das técnicas.

Eixo Temático

Quem somos? Nós, sapos, pererecas e rãs, protagonistas do Scientiarum História IX, pedimos a sua atenção para o muito que temos a dizer sobre as Ciências. Nosso coaxar, ainda vacilante, carrega a lembrança dos dias em que nosso protagonismo era nas bancadas dos laboratórios. Sempre estivemos ali, emprestando as nossas partes. Para Galvani, nossas pernas mostraram a “eletricidade animal”. Em tempos recentes, nas bancadas escolares, com éter nas narinas e peito aberto, mostramos tecido adiposo, fígado, coração pulsando vida. Com tudo ali à mostra, aguçamos a curiosidade dos pimpolhos humanos, futuros participantes descientiarums, futuros ilustres cientistas. Nosso futuro? A lata do lixo.

Mas estas são cenas passadas porque hoje estamos aqui com vocês. No Scientiarum Historia IX somos todos sapos, e queremos mostrar a nossa cara. Somos linguarudos, boca grande, mas não vamos comer mosca agora. É a nossa vez de dissecar as Ciências para mostrar a todos que estivemos sempre lá, presentes, participantes, atuantes nas feituras das multi-Ciências: “duras”, “naturais”, “humanas”, todas elas ciências da vida, e nós trazemos a vida. Trazemos a sorte, amuleto muiraquitã. Somos as vozes dos charcos, dos pântanos, dos alagados, fazendo eco à sabedoria popular. Sapo cururu, orelhas do mundo.

Trazemos também a morte. O cientista envenenado recorreu à pajelança: Raoni, e as ervas de Sapaim. Venenosos, somos o coro que atordoou Dionísio dispersando sua caminhada ao inferno em busca de Eurípedes, o grande poeta trágico. Traquinagens e castigos: espatifados no chão, temos as costas rachadas, marcas do tombo. Indesejados na festa do Céu, mal-amados na ciência. O bem e o mal, a verdade e a mentira, a rã de Kaspar Hauser responde à ciência formal: matemática da vida. Dois lados, amphi, mas também ambho: o um e o outro, o outro lado é este lado, anfíbios, metamórficos.

Somos rãs e pererecas. Physalaemus soaresi, em seus 2 centímetros, desviou o curso do Arco Metropolitano do Rio de Janeiro. E também, engolimos sapos, são muitos os sapos que nesse ano de 2016 o Brasil vem engolindo. E vamos juntos, caminhando nas diferenças e "desdisciplinas", no Scientiarum História IX.

Mais informações no site do Scientiarum.

Informação relacionada

Enviar Informação

Mapa de visitas