Segunda-feira, 15 de Dezembro de 2025
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Jornadas de estudo: Espanhóis e portugueses no esforço de guerra alemão

Início: Fim: Países: Alemanha, Áustria, Espanha, França, Portugal

Estudos Ibéricos, Eventos, História

Journée d’études / Jornadas de estudo
​Espanhóis e portugueses no esforço de guerra alemão /
​Espagnols et portugais Dans l’effort de guerre allemand

9 de dezembro de 2016
Colegio de España
Cité internationale universitaire de Paris
7E, bd Jourdan, 75014 Paris


Organizadas pelo projecto UPL "Les espaces-temps de la contestation en Péninsule Ibérique" (Universités de Paris 8 Vincennes Saint-Denis et Paris Ouest Nanterre La Défense), em colaboração com o Institut Universitaire de France (IUF), o Instituto de Ciências Sociais (ICS) da Universidade de Lisboa e o Instituto de História Contemporânea (IHC) da FCSH/NOVA.

Estima-se que cerca de 13 milhões de pessoas foram forçadas a trabalhar para a economia alemã no Reich e 10 milhões nos países ocupados.

Na França, onde a taxa a taxa de desemprego era extremamente elevada, especialmente entre os imigrantes, o recrutamento de trabalhadores para a Alemanha teve início aquando do armistício. A intensificação do esforço de guerra e o início da ofensiva no Leste fizeram aumentar as exigências de mão de obra. As autoridades alemãs em França requisitaram massivamente trabalhadores para a Organização Todt, especialmente para a construção do Muro do Atlântico. Paralelamente, o governo de Vichy deu luz verde para o recrutamento de trabalhadores para a Alemanha, e instituiu a Relève e, de seguida, o Serviço de Trabalho Obrigatório (STO).

O facto de Espanha e Portugal terem mantido um estatuto de não-beligerância e de neutralidade, respectivamente, durante a Segunda Guerra Mundial, não protegeu os seus cidadãos na França que, como prisioneiros de guerra do exército francês, como deportados para o sistema concentracionário alemão ou como trabalhadores civis, foram obrigados a trabalhar em prol da vitória do III Reich, na Alemanha ou em França.

Este episódio da História comum à França, à Alemanha, a Espanha e a Portugal continua a ser muito pouco estudado. Se a historiografia já destacou a deportação de 10 mil espanhóis para campos de concentração, continua a ignorar os 100 mil que foram forçados a trabalhar, de uma forma ou de outra, para o Nacional-Socialismo. Já os portugueses, que constituíram um grupo nacional numericamente inferior, sofrem de uma falta de visibilidade e a sua presença na deportação, nos campos de trabalho ou de prisioneiros de guerra permanece praticamente ignorada até hoje.

Esta jornada ocupar-se-á na análise do trabalho forçado levado a cabo por espanhóis e portugueses, lançando as bases para um futuro aprofundamento de uma temática de dimensão europeia.

 

Mais informações e programa completo AQUI.

 

Programa resumido:

9H30 - 12H30:

Peter Gaida (Universitat Bremen): "Les travailleurs forcés Ibériques pendant la Seconde Guerre mondiale. Cadre, hypothèses de travail et futures lignes de recherche"

Diego Gaspar (Universidad d'Alcalá de Henares): "Au delà des barbelés. Le recrutement pour la Légion Étrangère et les CTE de réfugiés espagnols"

Cristina Clímaco (Université Paris 8): "L'immigration portugaise en France et l’effort de guerre allemand. Parcours individuels et volonté nationale (1940-1944)"

Ansgar Schaefer (IHC): "Os Portugueses e o trabalho forçado. Apresentação do projecto e resultados provisórios"

14H30 -18H00:

Alain Alexandra (Bureau des Archives des victimes de conflits contemporains): "Espagnols et Portugais victimes du travail forcé sous l’occupation nazie dans le fonds du pôle AVCC"

Peter Gaida (Universitat Bremen): "Espagnols et Portugais dans l’organisation TODT en France"

Natacha Lillo (Université Paris Diderot): "Filles et fils de migrants économiques espagnols en France: STO, TODT et Résistance"

António Muñoz Sánchez (Instituto de Ciências Sociais): "Trabajadores forzados españoles en el Reich. Acercamiento a una historia desconocida"

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