Terça-feira, 30 de Abril de 2024
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Colóquio Revisitar Michel Foucault: A Vontade de Saber 1976-2016

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, Ciências Humanas e Sociais, Género

Colóquio

Revisitar Michel Foucault:

A Vontade de Saber 1976-2016
 

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

24-25 de Novembro de 2016

 

Organização: Grupo de Trabalho de Género e Sexualidades da Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação/ CIC.DIGITAL – Pólo Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa

 

40 anos após a sua publicação em 1976, A vontade de saber, de Michel Foucault, mantém-se como obra seminal a que constantemente se regressa e como recorrente referência que se invoca, que se cita, que se apropria ou se critica, mas que não se ignora nem se apaga. Primeiro volume de uma projetada História da sexualidade, a que Foucault deu uma repensada sequência, ela trouxe o impulso decisivo ao então emergente campo dos estudos gay e lésbicos, ergueu um dos pilares em que assenta a teoria queer, assim como criou as bases para uma viragem fundamental nos estudos de género. Tomada em conjunto com O uso dos prazeres e O cuidado de si, os volumes da História da Sexualidade que lhe deram continuidade, A vontade de saber concebe a ideia de tecnologias do eu que abrem caminho à atual exploração dos processos de subjetivação e de construção da subjetividade, sobre os quais se concentra em particular a teoria queer. Ao cruzar esta linha de reflexão com a noção de dispositivo, e em particular com o dispositivo da sexualidade, A vontade de saber permitiu repensar o funcionamento da técnica moderna e os processos de produção do indivíduo como objeto e como sujeito com enorme repercussão sobre os programas contemporâneos de pesquisa sobre o pós-humano. A teoria do poder desenvolvida por Michel Foucault nesta obra teve um efeito sísmico no pensamento político, abrindo caminho a um questionamento muito profundo do marxismo e da psicanálise, tendo por eixo a pesquisa sobre a possibilidade e o sentido da resistência no seio de relações de poder produtivas e omnipresentes. O campo inteiramente inédito de reflexão sobre a biopolítica moderna, que se afigura cada vez mais atual à medida que o tempo passa, refundou em bases inteiramente novas a investigação sobre a história das sexualidades, inclusive ao deixar à pesquisa em curso questões porventura mais complexas do que as que resolveu. Na exata medida em que adiantou hipóteses explicativas incontornáveis sobre os fenómenos totalitários modernos a atualidade de A Vontade de Saber vê-se reativada a cada momento perante o contexto biopolítico da crise generalizada que constitui o nosso horizonte político e cognitivo. 

As propostas de comunicação devem referir-se à reflexão desenvolvida por Foucault em A Vontade de Saber e prosseguida em O uso dos prazeres e O cuidado de si, bem como os cursos do Collège de France contemporâneos destes livros, incluindo as suas problematizações, os seus instrumentos analíticos, a sua repercussão nas ciências sociais e nas humanidades, nos estudos de género e queer, nos estudos sobre arte e sobre cultura visual, nos estudos sobre o corpo e a sexualidade, nos estudos sociais da ciência, da medicina e da psiquiatria, na reflexão sobre a biopolítica e o biopoder.

As propostas de comunicação devem ser submetidas mediante registo prévio através da plataforma: http://goo.gl/0gzBJ1 até 15 de Setembro de 2016.

a) não devem exceder as 300 palavras,

b) com três a cinco palavras-chave e

c) uma nota biográfica de cem palavras, com d) indicação da filiação institucional.


Deve igualmente ser indicada em qual das quatro áreas temáticas do colóquio a comunicação se integra preferencialmente:

1) Dispositivo(s) da sexualidade

2) Sexualidade e biopolítica

3) Sexualidade, scientia sexualis e poder

4) Sexualidade e processos de subjetivação

 

Pagamento da inscrição:

 

Bank: IGCP – Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público, I.P.
NIB: 0781 011200000006399 80 (for payments within Portugal)
IBAN: PT50 0781 011200000006399 80
BIC SWIFT: IGCPPTPL
Account name: Faculdade de Ciências Sociais e Humanas
Address: Av. Berna 26C, 1069-061 Lisboa
Descriptive: NMCI2015

 

Comissão Científica Provisória

  • Ana Cristina Santos – Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra
  • Ana Maria Brandão – Universidade do Minho, Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa / CICS.NOVA
  • António Fernando Cascais – Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, SOPCOM, Pólo FCSH do CIC.DIGITAL
  • Cláudia Álvares – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação / SOPCOM, ECREA
  • Daniel Cardoso – Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação / SOPCOM
  • Francisco Rui Cádima – Universidade Nova de Lisboa, Pólo FCSH do CIC.DIGITAL
  • Isabel Leal – Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida / ISPA
  • João Manuel Oliveira – Centro de Investigação e Intervenção Social do Instituto Universitário de Lisboa
  • Manuel Lisboa – Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais da Universidade Nova de Lisboa / CICS.NOVA
  • Manuela Ivone Cunha – Centro em Rede de Investigação em Antropologia / Universidade do Minho
  • Nuno Carneiro – Centro de Psicologia da Universidade do Porto
  • Silvana Mota Ribeiro – Universidade do Minho, Associação Portuguesa de Ciências da Comunicação / SOPCOM
  • Sofia Aboim – Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa

 

  • Comissão Organizadora:
  • António Fernando Cascais
  • Daniel Cardoso
  • Paulo Roberto Frazão
  • Silvana Mota Ribeiro

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