Que sonho(s), mito(s), mapa(s) e (u)topias produziu e inscreveu a Humanidade na sua patrimonialidade (i)material?  Que ideias e projectos a transformaram? Que realidade(s) a constitui(em) e prospectiva(s) a informam?

Em tempo de globalização e de crise identitária, de “cultura líquida” (Zygmunt Bauman), como organizarão as comunidades o seu futuro? Como enfrentará a Humanidade os grandes problemas globais (o aquecimento, a poluição, a crise da energia e do consumo, o esgotamento dos recursos naturais, a superpopulação, a ameaça de guerra e tantos outros)? Com a perspectiva da manipulação genética, do abuso das tecnologias na vida das sociedades ao serviço de diferentes desígnios, da agenda transhumanista, da Inteligência Artificial anunciando já a Singularidade, qual o lugar e a função do Homem, entre o ‘grão de areia’ (Antiguidade Clássica) e a indefinição das fronteiras pela sua robotização e pela humanização da robótica, já com a via dos cyborgs oficialmente aberta por Neil Harbisson? Será que a “humanity is on a path to be godlike in its capabilities’ (Elon Musk, Yuval Noah Harari) ou na da "alta probabilidade de  chegar ao fim em 2050" (Existential climate-related security risk: A scenario approach, Maio/2019, segundo o Breakthrough National Centre for Climate Restoration, o BC Research, Almirante Chris Barrie, Peter Berezin e outros), que  tem razão Bill McKibben em Falter: Has the Human Game Begun to Play Itself Out? (2020)?

Numa altura em que o mundo anuncia turismo espacial sem saber ainda o que o constitui, lhe está na origem ou no futuro… Quais os enigmas das Esfinges contemporâneas? Quais as respostas que a actualidade ensaia? Num mundo de que Stephen Hawking se despede acenando um aviso sobre a ameaça do fim da humanidade, há, mesmo, possibilidade de Breves Respostas para as Grandes Questões (2018) com a recomendação:

“Lembra-te de olhar para cima, para as estrelas e não para baixo, para os pés. Tenta encontrar sentido no que fez e pensar no sentido da existência do universo. Sê curioso. Por mais que a vida possa parecer difícil há sempre algo em que podes suceder. É importante que nunca desistas.”?

É no âmbito destas e de outras interrogações que este CILB  – Congresso Internacional Luso-Brasileiro (VI Edição do antigo COLÓQUIO LUSO-BRASILEIRO DOS OLIVAIS/LUMIAR / XXV Colóquio dos Olivais, Telheiras, Lumiar, por iniciativa do Centro Cultural Eça de Queiroz/Telheiras) se desenvolverá, elegendo como tema "Que futuro para todos nós? Admirável Mundo Novo:   realidade(s), mito(s) e utopia(s)", promovido em ampla parceria interinstitucional.