Sábado, 20 de Abril de 2024
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Revista LaborHistórico: "Descrições morfológicas das línguas românicas: abordagens históricas"

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Filologia, Língua, Linguística

Chamada aberta para publicação: Dossiê Temático (v. 6, n. 1, 2020)

Título: DESCRIÇÕES MORFOLÓGICAS DAS LÍNGUAS ROMÂNICAS: ABORDAGENS HISTÓRICAS

Organizadores: Natival Simões Neto (UEFS) e Mailson Lopes (UFBA)

Com o advento do Estruturalismo e, a partir dele, de uma leitura a-histórica do fenômeno linguístico (CARVALHO, 2008), o peso quantitativo e qualitativo dos estudos diacrônicos sobre a língua sofreu uma séria obnubilação (MATTOS E SIVA, 2008), só parcialmente recuperado a partir das décadas de 60 a 80 do século passado, processo que continua em marcha até os nossos dias. A morfologia histórica, como subdisciplina da linguística histórica, não foi poupada de tal descenso, tendo o seu cultivo quase que fenecido (PENA, 2009). Não obstante, parece ela experimentar o reinício de uma discreta vitalidade nos últimos anos (BASILIO, 2009), talvez pela redescoberta (ou ênfase) de que a estruturação e o comportamento do componente morfológico moldam-se em conformidade com as características enraizadas no fluxo temporal da língua (RIO-TORTO, 2014). Parece indiscutível que essa revitalização encontra-se ligada ao surgimento e divulgação do marco teórico da sociolinguística variacional (WEINREICH; LABOV; HERZOG, 1968), aos paradigmas epistemológicos pautados no uso e em descrição de corpora empíricos (SOLEDADE, 2004; SANTOS, 2009; LOPES, 2013; GMHP, 2014) e, sem dúvida, à teoria da gramaticalização, desembocando (ainda timidamente) nos estudos de cariz cognitivista (SOLEDADE, 2013; SIMÕES NETO, 2016; LOPES, 2018). Aproveitando esse quadro multifacético, vê-se legitimidade em um intento de reunir estudos que se debrucem sobre a descrição e análise de fenômenos ou questões morfológicas mediante alguma leitura historicocêntrica, seja atinente ao fluxo temporal, seja fincada em recortes específicos de tal devir, pertencentes ao passado ou ao presente da língua.

Levando em consideração essas premissas, a revista LaborHistórico, voltada para a Linguística Histórica Românica, deseja organizar um dossiê temático sobre estudos de Morfologia Histórica no qual congregará trabalhos que se dediquem a algum dos seguintes temas:  

(i) reflexões sobre os aspectos teórico-epistemológico-metodológicos da morfologia histórica no âmbito das teorias morfológicas contemporâneas; 

(ii) interfaces da Morfologia com outras áreas interessadas pela relação entre língua e história, como a Filologia e a Etimologia;

(iii) descrição morfológica de períodos mais recuados das línguas, destacadamente, o período medieval;

(iv) periodização das línguas com base em aspectos morfológicos;

(v) descrição de aspectos morfológicos relevantes para a distinção entre variedades europeias e não europeias em perspectiva sincrônica ou diacrônica; 

(vi) processos de gramaticalização e lexicalização atinentes aos afixos; 

(vii) polissemia de afixos em perspectiva diacrônica ou sincrônica; 

(viii) mudanças de estatuto morfológico; 

(ix) processos morfofonológicos na história das línguas;

(x) variação morfológica em perspectiva sincrônica ou diacrônica;

(xi) comparação interlinguística atinente a fenômenos morfológicos em perspectiva sincrônica ou diacrônica;

(xii) processos de neologia e arcaização relacionados com a morfologia;

(xiii) homonímia, sinonímia e antonímia de afixos em perspectiva histórica ou sincrônica;

(xiv) concorrência/coocorrência de afixos em dado recorte sincrônico ou em fluxo diacrônico.

Data-limite para submissão: 30 de novembro de 2019.

Submissão pela plataforma da revista: https://revistas.ufrj.br/index.php/lh/index


LaborHistórico é uma revista semestral on-line dos Programas de Pós-graduação em Letras Vernáculas (PPGLEV) e Letras Neolatinas (PPGLEN), da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Brasil. Tem como foco estudos desenvolvidos a partir de fontes escritas nos quais se destaque o labor do historiador diante de seu material de trabalho. Nessa temática, são bem-vindas contribuições de distintas áreas do saber, como Filologia (Crítica Textual), Linguística Histórica e História. 

Classificação Qualis Periódicos CAPES (quadriênio 2013-2016): B4.

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