Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
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Revista Fragmentum recebe artigos sobre modos de ler, a vida das obras e formas de circulação

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Chamada para artigos, Letras, Literatura, Livros

A revista Fragmentum (ISSN 1519-9894), editada pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) recebe propostas de artigos para o seu próximo número que tem com tema "Nas malhas da leitura: modos de ler, a vida das obras e formas de circulação". Os investigadores interessados podem enviar suas contribuições até 31 de dezembro de 2020. A revista recebe originais em português, francês, inglês ou espanhol.

Ementa:

Em “Clareza e mistério da crítica” (1961), Adolfo Casais Monteiro propõe que há modos de ler que continuam a vida das obras e modos de ler que transformam a ida aos textos literários como se fosse a “visita a um cemitério". Aceitando a provocação do autor português, gostaríamos de dedicar este número da revista Fragmentum para pensar os diferentes modos de ler, a relação com a vida das obras e as formas de circulação de cada modo de ler. Que modos de ler nos afetam e como eles funcionam? Que potências esses modos de ler possuem na continuidade das vidas das obras? Como esses modos de ler circulam?

Na década de 1950, Borges escreveu que, se ele soubesse como seria lida uma página qualquer no ano 2000 (essa que estava escrevendo, por exemplo), saberia como seria a literatura do ano 2000, tão íntima e tão decisiva é a relação entre leitura e escrita. Para nós, que já ultrapassamos com folga as duas datas, os modos de ler de que dispomos se multiplicam à medida que a técnica incorpora variáveis antes desconhecidas. Como o horizonte técnico afeta as obras, os textos, os arquivos que constituem o espaço de disputa sobre o sentido? Essas e outras questões são fundamentais para pensarmos a leitura no presente e acreditamos que a partir das diferentes respostas que os artigos enviados trarão, poderemos avançar em nossas práticas cotidianas de leitura.

Organizadores:  Valdir Prigol (Universidade Federal da Fronteira Sul ),  João Cezar de Castro Rocha (Universidade Estadual do Rio de Janeiro),  Daniel Link (Universidad de Buenos Aires – Argentina) e  Saulo Neiva (Université Clermont Auvergne - França ).

A revista, com periodicidade semestral, divulga textos produzidos por pesquisadores que desenvolvem, como escopo e/ou resultado de pesquisas, as seguintes problemáticas:

  • Na Linguística, questões enunciativas e/ou discursivas, tendo por eixo diretor o campo do saber sobre a história da produção do conhecimento linguístico, a partir da análise de instrumentos linguísticos bem como de outras textualidades alicerçadas pela História das Ideias Linguística em sua relação com a Análise de Discurso de linha francesa;
  • Na Literatura, estudos comparados que têm evidenciado a relação do texto literário não apenas com seu contexto de produção como também com outras artes, mídias, saberes e formas, aproximação esta que articula artes e conhecimentos em suas especificidades, demonstrando processos de leitura, compreensão, interpretação e análise envolvidos no acesso a obras de arte e à recepção de um público especializado.

Não são aceitos textos de pesquisadores que não tenham a formação mínima de doutor. Acadêmicos de doutorado podem submeter textos à avaliação, desde que em coautoria com o professor orientador.

Mais informações na página da revista Fragmentum.


En "Claridad y misterio de la crítica" (1961), Adolfo Casais Monteiro propuso que hay formas de lectura que continúan la vida de las obras y formas de lectura que transforman la visita de textos literarios como si fueran una "visita a un cementerio". A la provocación del  autor portugués, nos gustaría dedicar este número de la revista Fragmentum para pensar en las diferentes formas de lectura, la relación con la vida de las obras y las formas de circulación de cada modo de lectura. ¿Cómo funcionan? ¿Qué potencias tienen estas formas de lectura en continuidad con la vida? ¿Cómo circulan estas formas de lectura?  En la década del 50 del siglo pasado Borges escribió que si él pudiera saber cómo sería leída una página cualquiera en el año 2000 (ésa que estaba escribiendo, por ejemplo), él sabría cómo sería la literatura del año 2000, tan íntima y tan decisiva es la relación entre lectura y escritura. Para nosotros, que ya hemos ultrapasado con creces ambas fechas, los modos de leer de los que disponemos se multiplican a medida que la técnica incorpora variables antes desconocidas. ¿Cómo afecta el horizonte técnico a las obras, a los textos, a los archivos que constituyen el espacio de disputa sobre el sentido? Estas y otras preguntas son fundamentales para pensar en la lectura en el presente y creemos que a partir de las diferentes respuestas que traerán los artículos presentados, podemos avanzar en nuestras prácticas cotidianas de lectura.

(fr) Dans “Clarté et mystère de la critique” (1961), Adolfo Casais Monteiro suggère qu’il existe des manières de lire qui prolongent la vie des œuvres et des manières de lire qui transforment la fréquentation des textes littéraires en une sorte de « visite à un cimetière ». En acceptant cette provocation de l’auteur portugais, nous souhaitons consacrer ce numéro de la revue Fragmentum à une réflexion sur les différentes manières de lire, sur leur relation avec la vie des œuvres et sur les formes de circulation de chaque manière de lire. Quelles manières de lire nous touchent et comment fonctionnent-elles ? Quelles sont leurs retombées sur la continuité de la vie des œuvres ? Comment ces manières lire circulent-elles ? Dans les années 1950, Borges écrivait que, s’il savait comment une page quelconque serait lue en l’an 2000 (celle qu’il était en train d’écrire, par exemple), il saurait comment serait la littérature de l’an 2000, tellement intime et décisive est le rapport entre écriture et lecture. Pour nous, qui avons déjà dépassé de loin ces deux dates, les manières de lire dont nous disposons se multiplient au fur et à mesure que la technique incorpore des variables autrefois méconnues. Comment l’horizon technique répercute sur les œuvres, les textes, les archives qui composent l’espace de dispute autour du sens ? Ces questions et bien d’autres nous semblent fondamentales pour une réflexion sur la lecture à présent et nous croyons que les réponses formulées par les contributions que nous recevrons nous permettront d’avancer dans nos pratiques quotidiennes de lecture.

 

 

 

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