ano 28, n. 62, jan./abr. 2022

• Eduardo Dullo — Universidade Federal do Rio Grande do Sul – Brasil

• Patrícia Ferraz de Matos — Universidade de Lisboa – Portugal

• Frederico Delgado Rosa — Universidade Nova de Lisboa – Portugal

Este número temático pretende contribuir para uma reavaliação do passado da antropologia em sentido lato, compreendendo saberes e práticas etnográficas que antecedem ou complementam a institucionalização científica, caracterizados inclusive por amadorismo e experimentalismo, em contextos diversificados e interconectados. Não se procura apenas proceder à crítica pós-colonial das tentativas de levantamento e análise da variabilidade humana, mas analisar contribuições situadas no seu tempo e o respectivo lugar na dinâmica histórica da antropologia. O número está aberto a estudos de caso focalizados em tradições antropológicas periféricas, exteriores ou descentradas relativamente às chamadas “grandes tradições”: procura-se dar uma atenção particular aos contextos lusófonos e ibero-americanos (incluindo toda a América Latina), considerando não apenas as suas interseções, mas também o facto de serem amiúde excluídos das narrativas historiográficas hegemónicas. Trata-se de uma reflexão comparativa em torno dos antecedentes históricos, nos séculos XIX e XX (até aos anos 70), do paradigma vigente das world anthropologies e da disseminação da praxis antropológica. O campo subdisciplinar é o da história da antropologia, convidando à interdisciplinaridade entre antropologia, história, história da ciência e antropologia histórica e promovendo diálogos através da releitura de textos etnográficos e antropológicos de diferentes locais, tempos e dimensões.

Publicação prevista para janeiro de 2022

Submissão de artigos aberta até 31/01/2021: http://seer.ufrgs.br/horizontesantropologicos