Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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"Decadentismo, simbolismo e outras tendências literárias finisseculares" | nova data

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Chamada para artigos, Estudos Brasileiros, Literatura

Chamada para submissão de artigos de Miscelânea – Revista de Literatura e Vida Social, publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras da UNESP de Assis.

Nova data para remessa de contribuições para Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social, publicação do Programa de Pós-Graduação em Letras da UNESP de Assis. Até 18 de outubro serão recebidas resenhas e artigos originais sobre o tema do volume 29, "Decadentismo, simbolismo e outras tendências literárias finisseculares", sob a responsabilidade de Eduardo da Cruz (UERJ) e Alvaro Santos Simões Junior (UNESP).

Ementa: Na literatura ocidental, o final do século XIX foi caracterizado pela proliferação de movimentos literários ou propostas de renovação estética. O esgotamento do realismo na prosa de ficção e do parnasianismo, sua contraparte na poesia, suscitou muita insatisfação, especialmente entre as novas gerações. As Flores do Mal (1857), de Baudelaire, já haviam apontado, para a poesia, caminhos novos, muitos dos quais seriam trilhados pelos malditos Verlaine, Tristan Corbière, Rimbaud, Mallarmé e Villiers de L’Isle-Adam, os quais, por sua vez, seriam os ídolos literários dos jovens poetas de então.  A despeito de significativas mudanças que Zola introduziu no romance, acabaria por ser considerado pelos jovens um romancista ultrapassado, especialmente após a publicação de À rebours (1884), de seu antigo discípulo J.-K. Huysmans. Em países periféricos como o Brasil, as novidades literárias europeias, embora fossem conhecidas quase imediatamente, demoraram a desencadear modificações relevantes no cenário local. Após um início modesto e ambíguo com Medeiros e Albuquerque em 1889, a corrente decadentista-simbolista encontrou em Missal e Broquéis (1893), de Cruz e Sousa, uma manifestação vigorosa, continuada nas obras póstumas do mesmo poeta, a saber: Evocações (1898), Faróis (1900) e Últimos sonetos (1905). No romance, o naturalismo, seguindo os prestigiosos exemplos de Zola e Eça de Queirós, acabaria por manter certa hegemonia, mas Raul Pompeia e Machado de Assis souberam compor obras já livres das amarras das convenções realistas mais ortodoxas. A imprensa periódica e a Academia Brasileira de Letras, fundada em 1897, representaram, de modo geral, poderosas forças contrárias às “extravagâncias” de “nefelibatas”, “decadentes” ou “simbolistas”. Em Portugal, as tendências literárias posteriores ao surgimento da Geração de 70 partem de um meio em que ainda estavam vivas, com maior ou menor aceitação do público e da crítica, tendências do terceiro romantismo, social, irônico ou especulativo, e do realismo-naturalismo reformista. Junta-se a isso um culto esteticista de característica parnasiana, mesmo que o Parnasianismo português tenha-se desenvolvido efetivamente em poucos autores e revistas literárias. Daí surgem vários caminhos, como os de poetas com produção variada, como Gomes Leal e Guerra Junqueiro, - este seguindo um caminho por vezes mais declamatório, - e um impressionismo realista de Cesário Verde. E outras correntes estéticas, como o Simbolismo e o Decadentismo, a primeira mais valorizada e a segunda talvez mais persistente, acabam por se amalgamar (apesar de terem seus cultores oficiais) nas obras de poetas e mesmo em narrativas, como as de Trindade Coelho e Raul Brandão até um Visconde de Vila-Moura, com reflexos ainda entre os modernistas. Ao mesmo tempo, reagindo a essa tendência “nefelibata”, desenvolve-se em Portugal uma corrente neorromântica, de valorização da história nacional, das tradições populares e rurais nacionais e até mesmo de um tipo de lamentação amorosa considerada genuína da índole portuguesa. Com a intenção de fazer jus a essa viva multiplicidade de tendências, a proposta do volume 29 da Miscelânea: Revista de Literatura e Vida Social é a de acolher estudos históricos, críticos e teóricos a respeito da literatura luso-brasileira do final do século XIX.

Para maiores informações, consultar a página da revista, no endereço:

http://seer.assis.unesp.br/index.php/miscelanea

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