Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Chamada para dossiê: Lembrança: entre agência e atualização do passado

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Chamada para artigos, História

História da Historiografia

Chamada para dossiê: Lembrança: entre agência e atualização do passado

Prazos

  • Período de recebimento de artigos: 1° de julho até 1º de setembro de 2021
  • Previsão de publicação: 1º semestre de 2022

Ementa

Nos primeiros anos do século XXI, a opinião pública renovou as disputas da filosofia da história e dos chamados estudos da memória. No plano político, uma nova versão do neoliberalismo -especialmente na América Latina- reformulou suas formas de lidar com os sentidos históricos. Parece haver um convite à deshistoricização do presente, entendida prima facie como um dispositivo de desagenciamento. Mas não daria isso lugar a uma formulação hipócrita dos usos do passado, com suas correspondentes histórias, mitos políticos e façanhas de origem, ou abriria uma perspectiva em que as reivindicações da Verdade já são insustentáveis, por esconder um pano de fundo mítico? Novamente, é a teoria da história que informa essas questões. A tese de que a história não pode ser entendida como um continuum ou como uma história magistra vitae não perdeu sua validade e, no entanto, isso não contradiz a necessidade irrecorrível dos diferentes sentidos históricos para a ação coletiva. A agência aqui é entendida como a capacidade de ação, associada a modos específicos de exercício da subjetividade, cujas características dependem da forma como o sentido histórico é concebido, ou seja, que tipo de matriz se estabelece para vincular -ou não- passado, presente e futuro.

Nesse contexto e na busca de uma atualização histórica, a estruturação das dimensões temporais se alia ao social, gerando conflitos teórico-políticos. A intervenção de usos do passado, que contêm experiências e memórias coletivas, faz do nosso passado um campo de batalha. Assim, os modos de construção do conhecimento histórico situam-se no centro da cena, despertando disputas sobre o sentido do passado e as formas de acessá-lo. Por sua vez, as diversas interações entre história e memória, e memória e esquecimento estruturam tanto nosso espaço de experiências quanto nosso horizonte de expectativas, forjando diferentes perspectivas de futuro e modos de narrar o passado. Este dossiê é um apelo à reflexão sobre os conceitos clássicos e revertidos da filosofia da história, como memória, experiência, aceleração, prognóstico e estratos temporais, entre outros, para iluminar o poder contemporâneo, a política e a agência que a história apresenta.

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