Terça-feira, 19 de Março de 2024
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Chamada de trabalhos da Revista Amerika n.º 22: Memórias no Caribe e nas Américas

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: França

Chamada para trabalhos, Estudos Latino-Americanos

Chamada para publicação

Revista Amerika n°22 (junho de 2021)

Prazo máximo para o envio das propostas de artigo: 1° de maio de 2021
Prazo máximo para submissão dos artigos: 1° de junho de 2021
Publicação: 30 de junho de 2021

A revista Amerika, uma publicação semestral do Laboratoire Interdisciplinaire de Recherche Sur Les Amériques (LIRA), membro do ERIMIT (Équipe de Recherches Interlangues : Mémoires, Identités, Territoires, EA 4327), está com chamada aberta para seu número 22, subordinado ao tema: «Memórias no Caribe e nas Américas. Entre tradição, modernidade e transmodernidade. 1920-2020: um século de capitalismo».

O próximo número da Revista Amerika será dedicado as memórias no Caribe e nas Américas. A presente publicação inscreve-se na sequência do colóquio organizado pela Universidade das Antilhas nos dias 14 e 15 de outubro de 2020.

As memórias e tradições no Caribe e na América Latina sempre estiveram no centro de discussões tempestuosas, provocando debates convulsivos devido ao fato de serem afetadas pelo processo de amnésias e de assimilação, trazidos pelo colonialismo, o positivismo, o imperialismo, a globalização e o neocolonialismo.

O ano de 2020 – crucial para os países ocidentais ou ocidentalizados – oferece-nos a possibilidade de questionar o modelo capitalista, ou seja a contribuição da ocidentalização para a edificação social dos povos, como também de saber se trata-se do único sistema econômico, ou único modelo político imposto que permite pensar o progresso, a evolução e o modernismo em nossas regiões.

As revoluções, insurreições, guerrilhas ou ainda o contexto da Guerra Fria em todo o continente latino-americano, passando pelo arco das Antilhas e o Caribe, atestam que as resistências singulares para a preservação das memórias esquecidas ou ocultadas, a reabilitação dos mitos arruinados, a releitura da História ou ainda a redistribuição de símbolos, elementos fundadores necessários para o desenvolvimento dos povos, das Nações. Todavia, a resistência não reside somente no ato de uma defesa legítima. Ela situa-se também no desejo de recuperação do destino, na reformulação da história de maneira institucional ou não, na necessidade imperiosa de reavaliar sequências históricas, na vontade de entender o significado profundo da existência que despropositadamente permaneceu em suspenso. Situa-se na releitura horizontal da história que estende-se em rede ou arquipélago, e não na releitura tradicional vertical, ou seja, na Transhistória retomando aqui a reflexão de Edouard Glissant em seu estudo Traité du Tout-Monde, pelo viés da arte, da literatura, dos discursos, das ciências humanas permitindo, desta forma, a anamnese como fundamento para a abordagem da reconquista identitária dos nossos Povos.

Podemos perguntar-nos se a confusão do Ser ou a inércia na qual ele se encontra provém da incompreensão dos dados que lhe são conferidos – cedo ou tarde demais – onde a necessidade não representa ainda uma etapa necessária para seu desenvolvimento ? Ou ainda se a evolução, marcada pela transição entre passado e futuro, constitui um conjunto de escolhas consciente ou não do antigo para o novo, de feição mal definida mas concluída. Será que este resultado, ainda mal controlado porém presente, fruto de um movimento, é estável a ponto de tornar-se um novo antigo ou será ele condenado a permanecer em movimento, tal um « ser » em movimento. O movimento, necessário para uns e caótico para outros, reflete o mal e o bem das sociedades que criam-no. Se de fato existe um mal definido, ele emana da escolha de reconhecer um movimento somente em um conjunto. Todavia, o movimento não pode ser único na medida em que ele toca um conjunto. Portanto, todo Ser responde ao movimento que o impacta e deve focalizar-se no conjunto para tornar-se fonte do novo e produzir seu próprio conhecimento.

Essa reflexão convida então todas as áreas de pesquisa a analisarem tais fontes considerando-as não mais como produtos mas como criação, de modo a compreender a evolução de nossas sociedades colonizadas e escravizadas. A ideologia centrista conquistou esses territórios ou o existencialismo forçou a ambição para direções invisíveis? Independência, cruzamento cultural, desigualdades, conscientização, decolonialidade, no jogo de espelho entre países vislumbrados e países reais, o Ser ainda pode levarem frente sua própria conquista segundo suas expectativas?

Trata-se aqui de identificar os desafios socio-ideológicos das sociedades caribenhas e latino-americanas a partir das memórias, para traçar as vias da superação.

O presente número propõe levar em consideração o contexto mundial de modo a trazê-lo de volta às realidades imaginadas e imaginárias no contexto local. A crítica diz respeito a conceitualização da decolonialidade com base nas obras de Walter Mignolo e de Enrique Dussel.

As propostas de artigo devem comportar no máximo 1000 caracteres e podem ser apresentadas em espanhol, francês, inglês e português. As normas para publicação dos artigos constam na revista Amerika, na seção « Convocatória », disponível em : https://journals.openedition.org/amerika/749.

Os artigos podem ser apresentados nas seguintes línguas : espanhol, francês, inglês e português. Devem ter no máximo 40 000 caracteres (incluindo bibliografia e notas), e podem ser acompanhados de ilustrações contanto que o autor esteja em possessão dos direitos de reprodução e divulgação. Os artigos devem ser enviados para : amerika@openedition.org.

 

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