Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Chamada da Revista Scripta: Formar pela escrita e para a escrita – olhares sobre a formação docente

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Língua, Literatura

Chamada para publicação - Revista Scripta (Língua Portuguesa e Linguística) - Vol. 23 – Nº 48. PUC Minas – Brasil

Título: Formar pela escrita e para a escrita – olhares sobre a formação docente

Coordenada por:

  • Fanny Rinck (Université Grenoble Alpes, France)
  • Maria Angela Paulino Teixeira Lopes (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais)

 

Formar pela escrita e para a escrita – olhares sobre a formação docente

A questão da escrita na formação universitária tem sido bem explorada há alguns anos: que gêneros são praticados? Quais são as dificuldades dos estudantes? Com que propósito se escreve e o que isso contribui para a formação? Quais dispositivos didáticos propor para promover o desenvolvimento das habilidades de escrita dos graduandos, para trabalhar sua relação com a escrita e para melhorar a apropriação dos conhecimentos por meio da escrita, visando à construção profissional, de modo a torná-los conscientes da função essencial da escrita nas disciplinas acadêmicas e no mundo profissional?

Neste número da Revista Scripta, focalizaremos a formação de professores. Para este público, as mesmas questões se colocam quanto às formas e funções da escrita na formação universitária em geral, e, particularmente, em relação à dimensão profissionalizante da formação universitária. No entanto, outro desafio surge: os futuros professores deverão ensinar os seus alunos a escrever.

Focalizaremos prioritariamente os professores de língua e literatura, mas também os professores não especialistas no ensino de línguas, além dos professores de todas as disciplinas que são levados a praticar a escrita em suas aulas (história, geografia, artes, ciências, etc.). Sabemos que a escrita desempenha um papel fundamental em todas as disciplinas e na apropriação pelos alunos dos conhecimentos e do saber fazer, em todos os níveis de escolaridade. Sabemos também que a escrita oferece dificuldades para os professores, que nem sempre sabem o que fazer dos escritos de seus alunos nem como levar seus alunos a escrever.

 

As contribuições, teóricas ou empíricas, podem se enquadrar em uma das seguintes áreas:

1) A escrita na/para a formação de professores, quais modos, quais funções? Escrita na formação e escrita para a formação. Formação universitária e constituição profissional: desenvolvimento de uma identidade profissional, desenvolvimento de gestos profissionais.

Na continuidade dos trabalhos sobre a escrita na universidade, trata-se de dar continuidade a reflexões e propostas concretas de dispositivos a serem implantados, focalizando-se o público específico dos futuros professores, seja qual for o tipo de ensino (nível de escolaridade, diversidade de disciplinas, públicos específicos, etc.), tendo como objetivo o trabalho dos professores com a escrita em sua profissão, com seus alunos.

2) No centro da temática da formação de professores, encontra-se o desafio da própria formação, seja ela inicial ou contínua, e particularmente, como formar "docentes reflexivos"? O papel da escrita no desenvolvimento da reflexividade e do pensamento para a ação. A formação para a pesquisa e pela pesquisa e seu objetivo em formar profissionais que constantemente necessitam refletir sobre sua prática.

Nesse aspecto, damos continuidade a trabalhos que abordam a questão da escrita na formação como escrita para a formação, ou escritos de formação como escritos para a formação. Por conseguinte, será necessário questionar a dimensão didática da escrita, ou seja, sobre o modo como a escrita em formação é pensada em termos didáticos e, especialmente, na triangulação que ocorre entre o formador, o professor e seus alunos.

3) Em relação à perspectiva de formar professores que sejam atentos ao escrito e à escrita em sua profissão docente, a questão do ensino da didática da escrita no âmbito da formação. Que constatações podem ser feitas sobre as necessidades de formação de professores, em relação à escrita em sua prática profissional? Na formação, professores e futuros professores propõem aulas especificamente sobre a escrita de seus alunos? Que conteúdos, que abordagens apresentar em relação à escrita dos alunos (independentemente do nível de ensino e das disciplinas envolvidas)? São propostas atividades de produção escrita em sala de aula (por meio de vídeos, transcrições de interações em aulas, etc.)? Propõe-se um trabalho com os textos dos alunos? Há um foco na escrita do aluno, considerando-se as relações existentes entre as condições sociais e a produção escrita, as contribuições da sociologia para o exame das relações entre a escrita e o fracasso escolar, além dos subsídios da psicolinguística para analisar o processo da escrita e a aquisição de habilidades de produção textual, ou ainda os estudos da genética de textos etc. ? Focaliza-se a escrita literária, a escrita em todas as disciplinas, a escrita fora do mundo escolar, por exemplo, as práticas de letramento digital entre adolescentes?

4) A promoção da escrita na universidade para que os futuros professores levem seus alunos a escrever. Trata-se de cruzar a questão das práticas de escrita na / para a formação universitária e a questão da formação de professores atentos, em seu ofício, à importância da escrita de seus alunos. Quais objetivos alcançar? Quais dispositivos devem ser colocados em prática para que a escrita na universidade seja uma oportunidade de prática e reflexão que capacitaria os professores para lidar com os escritos de seus alunos? Qual o papel da escrita nas disciplinas e que atividades implementar no espaço formativo? Uma proposta frequentemente feita também em outras áreas além da escrita é aquela baseada em um "princípio de homologia": os futuros professores são submetidos a uma situação didática idêntica àquela experimentada pelos alunos, com o objetivo de capacitar tanto a apropriação de conteúdos de formação quanto o desenvolvimento de gestos profissionais assegurados e eficientes frente aos alunos. Como implementar concretamente esse princípio? Os efeitos desse tipo de dispositivo podem ser avaliados? Pode-se pensar em outros tipos de abordagens?

O desafio deste número da Revista Scripta é, primeiramente, promover uma evolução da questão da escrita no campo dos letramentos acadêmicos, focalizando-se um público específico, o dos futuros professores e professores, de qualquer nível e de qualquer disciplina, de modo a aprofundar o questionamento da dimensão didática da escrita na formação. Além desse objetivo, pretende-se propiciar uma reflexão sobre como pensar as práticas de escrita e as contribuições da didática da escrita na formação, para formar professores que, ainda que não sejam todos especialistas, pelo menos especializados no ensino da escrita e pela escrita junto a seus alunos.

 

Outras informações sobre a publicação:

  1. Para acessar: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/announcement/view/182
  2. Normas para submissão: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/about/submissions#authorGuidelines
  3. Período de submissão:  1º/09/2018 a 20/03/2019, pelo sistema SEER: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/index.
  4. Idiomas: português, espanhol, francês, inglês e italiano.
  5. Publicação: agosto de 2019.

 

Mais informações pelo: http://periodicos.pucminas.br/index.php/scripta/index ou pelo e-mail: cespuc@pucminas.br

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