Sábado, 20 de Abril de 2024
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Chamada da revista Oikos: O legado de Robert W. Cox para a EPI crítica

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Chamada para artigos, Relações Internacionais

 
Dossiê: O legado de Robert W. Cox para a EPI crítica: 40 anos de "Forças sociais, Estados e ordens mundiais"


Organizadores/as: Leonardo Ramos (PUC Minas) e Ana Garcia (UFRRJ)

Robert W. Cox é considerado um dos principais estudiosos em Economia Política Internacional (EPI), tendo contribuído não apenas para sua consolidação como um subcampo de Relações Internacionais, mas também para constituir e consolidar sua veia crítica. Nesse processo, Cox desenvolveu uma abordagem histórica única da ordem mundial e da economia política, inspirada por pensadores distintos que vão de Vico a Gramsci a Ibn Khaldun.

Num contexto teórico dominado por abordagens positivistas em Relações Internacionais, há quarenta anos, Robert W. Cox publicou um artigo seminal e desafiador. Social Forces, States and World Orders: Beyond International Relations Theory de Robert Cox foi publicado inicialmente em 1981 pela revista Millennium e, posteriormente, em 1986 como um capítulo do livro Realism and its critics, organizado por Robert O. Keohane.

Social Forces apresenta variantes da teoria crítica da Escola de Frankfurt, bem como da teoria social de Antonio Gramsci, a fim de lidar com os processos de relações internacionais da época. Essa abordagem única ofereceu uma crítica ao neorrealismo de Kenneth Waltz, assim como à teoria do Sistema Mundial, atualizando a teorização crítica de Relações Internacionais e estabelecendo as bases para o futuro da EPI crítica.

Quarenta anos depois, as relações internacionais passaram por transformações importantes: o fim da Guerra Fria, os processos de globalização (e hoje também os processos de ‘desglobalização’), a ascensão das potências médias emergentes, a ascensão da China, a crise das instituições de Bretton Woods. Estas transformações ocorrem paralelamente ao surgimento de novas instituições internacionais - como o G20, BRICS e a Organização de Cooperação de Xangai – que são alguns exemplos de agrupamentos cuja criação e funcionamento depende de países do chamado ‘Sul Global’.

Nesse contexto, surgem algumas questões: a teoria crítica é relevante para a EPI neste contexto de um mundo em transição? Como devemos interpretar e entender o legado da teorização de Robert W. Cox para as RI/ EPI contemporânea? A distinção entre problem-solving theories e teoria crítica ainda organiza o campo teórico das RI/EPI? O objetivo desta edição especial, e os artigos submetidos a ela, é lidar com questões relacionadas ao legado da teoria crítica de Robert W. Cox para a EPI em um sentido amplo. Partindo sempre que possível de uma perspectiva do Sul Global, recomenda-se os seguintes temas:

  • O legado da teoria crítica de Robert W. Cox para interpretar e compreender as realidades do Brasil, América Latina e do Sul Global
  • Epistemologia e metodologia crítica na EPI
  • Gramsci, estado e economia nas relações internacionais
  • Formas de Estado e forças sociais na EPI contemporânea
  • Estruturas históricas e ordem mundial contemporânea
  • Forças sociais hegemônicas e contra-hegemônicas
  • Internacionalização do Estado e internacionalização da produção
  • Internacionalização das finanças, hegemonia e instituições financeiras multilaterais
  • Pax Britannica, Pax Americana e transições hegemônicas
  • Organizações internacionais e regionais e a governança global no mundo contemporâneo
  • Hegemonia, Estado ampliado e sociedade civil global
  • Imperialismo, império e hierarquias


Propostas de trabalho devem ser submetidas até 30 de abril de 2021 pelo site da revista Oikos:

http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/about/submissions#onlineSubmissions

Instruções para autores: http://www.revistaoikos.org/seer/index.php/oikos/about/submissions#authorGuidelines

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