Quinta-feira, 05 de Dezembro de 2024
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Chamada da revista Caletroscópio para dossiê temático: Escrita e pulsão: a literatura e seus destinos

Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Literatura

Escrita e pulsão: a literatura e seus destinos

Revista Caletroscópio, periódico ligado ao POSLETRAS (Programa de Pós-Graduação em Letras – Estudos da Linguagem) da UFOP, recebe textos para seu próximo número dedicado aos estudos literários, organizado por Carolina Anglada (UFOP) e Derick Teixeira (UEMG).

Na dinâmica entre o fictício e o real, a literatura faz uma leitura do tempo singular. Recebemos artigos inéditos que abordem a complexa relação entre a Literatura e a História, da textualização da vida social ao testemunho, da construção de contextos a ficções que se debruçam no questionamento do relato histórico, entre tantos outros aspectos da relação entre história, ficção e verdade. A relação que a sociedade mantém com o tempo encontra na literatura uma forma especial de manifestação, revelando as formas de compreensão intelectual e emocional do passado, assim como as projeções e desejos para viver o presente e o futuro.

A pulsão (Trieb), segundo Lacan, é o eco no corpo do fato de que há um dizer. Em psicanálise, esse dizer é imaterializável, “força constante” (Freud, 1915), sem aporte na fantasia ou no desejo. Nas palavras de Freud, trata-se de um “conceito fronteiriço”, “representante psíquico dos estímulos oriundos do interior do corpo e que alcançam a alma” (1915). Uma provocação e um desafio à oposição entre o que é inato e o que é culturalmente adquirido, o que é da ordem da sexualidade e os efeitos dos processos de subjetivação. Indeterminado, litorâneo, extrapessoal, esse conceito nunca foi deixado de lado. Ao contrário, por operar numa espécie de zona cinzenta, atraiu a especulação e o pensamento em direção à ficção e ao mito: “A teoria das pulsões é, por assim dizer, nossa mitologia. As pulsões são seres míticos, formidáveis em sua indeterminação” (Freud, 1933).

Propomo-nos, portanto, pensar como esse exercício pulsional, essa “exigência de trabalho” (Freud, 1915), atravessa a escrita e a imagem, culminando em obras que dão destino à pulsão, identificável ou não àqueles circunscritos por Freud: reversão em contrário; retorno à própria pessoa; recalque ou sublimação. Assim, acolhemos nesta chamada contribuições teóricas e/ou críticas, que partam das interseções entre arte e psicanálise, e que deem a ver a pulsão em alguma de suas vertentes: como potência ou virtualidade, pulsão de vida e de morte, letra e transmissão, lalangue e língua pulsional, deriva e destino, erótica e sublimação, mito e unheimlich.

Mais informações sobre o envio em: https://periodicos.ufop.br/caletroscopio

Data limite para envio: 28 de fevereiro de 2025.

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