Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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Cadernos de Literatura Comparada #46: Modernismos Revisitados II: 1922-2022

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para artigos, Estudos Comparatistas, Intermedialidade, Literatura

A revista Cadernos de Literatura Comparada, uma publicação do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, da Faculdade de Letras da Universidade do Porto (FLUP), seleciona artigos para seu próximo dossiê temático, de número 46 (Junho de 2022): Modernismos Revisitados II: 1922-2022. Os artigos podem ser enviados até 28 de fevereiro de 2022.

Em 2022, comemora-se o centenário da Semana de Arte Moderna, consensualmente celebrada como um dos grandes acontecimentos da arte e da literatura brasileiras e considerada o marco fundador do Modernismo no Brasil. Conforme observou Alfredo Bosi, a Semana foi «o ponto de encontro das várias tendências que desde a I Guerra se vinham firmando em São Paulo e no Rio e a plataforma que permitiu a consolidação de grupos», os quais, nos anos seguintes, alterariam significativamente os rumos da produção intelectual do país.

No entanto, ainda que o debate em torno da identidade nacional seja parte essencial do período, não se deve ignorar que o Modernismo, enquanto movimento renovador das artes no primeiro vinténio do século passado, possui, no Brasil e no mundo, características que antecedem a Semana e atravessam-na, passando em seguida por novas transformações. Assim, persiste ainda a necessidade de refletir sobre o início do Modernismo brasileiro à luz de sua relação, por exemplo, com as vanguardas europeias, ou ainda com outros acontecimentos definidores do Modernismo, que decorreram à volta do mesmo ano da Semana.

1922 é, afinal, celebrado no espaço anglo-americano como o annus mirabilis da literatura modernista, assim denominado por reunir a publicação de três das mais importantes obras de língua inglesa do último século: The Waste Land, de T.S. Eliot; Jacob’s Room, de Virginia Woolf; e Ulysses, de James Joyce, publicado no mesmo mês em que decorria a Semana de Arte Moderna. Em 1924, na França, Yvan Goll e André Breton publicam, cada um, o seu próprio Manifeste du Surréalisme, alguns meses após Oswald de Andrade lançar, no Rio de Janeiro, o Manifesto da Poesia Pau-Brasil. Em suma, enquanto movimento mundial, há ainda um vasto campo do Modernismo a ser explorado, que muito pode se beneficiar de uma perspetiva comparatista.  

Assim, este número convida investigadores das mais variadas áreas a submeterem artigos que abordem os Modernismos de diversos países, enfatizando suas particularidades e seus pontos de contato. Ainda que este número dos Cadernos de Literatura Comparada celebre o centenário da Semana de Arte Moderna de 22, tencionamos igualmente reunir textos voltados para o estudo comparatista entre os mais diversos modernismos, bem como abordagens que destaquem o seu caráter interartístico, intermedial e interdisciplinar. Nesse sentido, a revista acolherá artigos que incidam sobre os seguintes eixos, entre outros possíveis:

  • O Modernismo Brasileiro e as Vanguardas Europeias;
  • Outros modernismos comparados;
  • O Espírito de 22 e seu lugar na contemporaneidade;
  • Modernismo e Intermedialidade: literatura, música, pintura, cinema, etc;
  • Géneros e sexualidades no(s) Modernismo(s);
  • Manifestos e revistas literárias modernistas.

Todos os artigos devem ser enviados, por e-mail, para o cadernospreviewjune@gmail.com até 28 de fevereiro de 2022. Os artigos submetidos devem estar de acordo com as normas de publicação dos Cadernos de Literatura Comparada, disponíveis em: https://ilc-cadernos.com/index.php/cadernos/about/submissions

Serão aceites trabalhos inéditos nos seguintes idiomas: português, inglês, espanhol e francês.

Este número 46 dos Cadernos de Literatura Comparada é organizado por:

Joana Matos Frias (ILCML – FLUL)
João Paulo Guimarães (ILCML – FLUP)
Ivana Schneider (ILCML – FLUP)
Daniel Floquet (ILCML – FLUP)

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