Terça-feira, 16 de Abril de 2024
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Arquivos Imateriais: desafios da criação no contexto digital

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Arquivos, Chamada para artigos, Crítica Genética

Uma das preocupações recorrentes ao longo das transformações tecnológicas, especialmente aquelas marcadas pelo desenvolvimento da computação e dos meios digitais, diz respeito a como pensar a criatividade e a noção de arquivo em um cenário cada vez mais centrado no tecnológico. Ao mesmo tempo em que o tecnocentrismo provoca dúvidas acerca da autoria, automação e controle do ato de criação, ele também revela um crescente curso de experimentação, marcado pela apropriação de práticas, materialidades e arquivos.

A consideração do trânsito entre o analógico e o digital e do paradigma computacional como procedimento de criação, interação e "remediação"[1]vem a adicionar camadas à complexidade dos processos que, por sua vez, desafiam os estudos da crítica genética.

A edição 44 da Manuscrítica procura por propostas de artigos que explorem as implicações e potencialidades do processual como ferramenta analítica no contexto de trânsito entre digital e analógico. Também interessa a este número especial a busca por perspectivas sobre a criação como um fenômeno cultural, social e tecnológico, bem como propostas que tratem a produção artística e comunicacional nas novas mídias sob a perspectiva crítica e processual.

As temáticas de interesse incluem os seguintes tópicos,  embora a eles não se limitem:

  • Efervescência de arquivos de natureza auto-referencial, efêmera e imaterial;
  • Os novos espaços de memória e de construção ensaística: a ubiquidade dos registros digitais on-line: redes sociais, plataformas, blogs e games como suportes da criação; 
  • Arquivos digitais e práticas analógicas: como o armazenamento digital de imagens incide sobre o criar;
  • Problematização da ideia de sujeito distribuído e/ou remoto; 
  • Potencialidades da co-autoria e simbiose tecnológica na criação; 
  • Desafios da documentação e representação de trabalhos, obras e exposições de natureza híbrida e computacional; 
  • "Arte telemática"[2], poéticas e interações;
  • Obras e/ou exposições individuais, coletivas em sistemas digitais e online;
  • Modos de presença: projetos institucionais de exposições, espetáculos e curadorias criados para sistemas on-line;
  • Datasets[3]como material de criação: potencialidades;
  • Unarchiveweb-pages: como lidar com rastros dos processos;
  • Erro, acaso e interferências: glitch arte/ou arte fractal;
  • Cibernética e feminismo: o processual como multiplicador de perspectivas;
  • Visão computacional e imagens operacionais;
  • Inteligência artificial, algoritmos,machine learninge criatividade.

 

Enviar uma submissão: www.revistas.usp.br/manuscritica/submissions

 

[1]Bolter, J.; R. Grusin. Remediation: understanding new media. Massachusetts: The MIT Press, 2000.

[2]Prado, G. Arte telemática: dos intercâmbios pontuais aos ambientes virtuais multiusuário. São Paulo: Itaú Cultural, 2003.

[3]Manovich, L. Cultural Analytics. Cambridge, Massachusetts: The MIT Press, 2020.

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