Terça-feira, 16 de Abril de 2024
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Alerta vermelho, alerta verde: dar forma à transformação ecossocialista

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Chamada para artigos, Ciências Sociais

Alerta vermelho, alerta verde: dar forma à transformação ecossocialista – até 15 de abril 2020

Organização: Lanka Horstink (ICS, Universidade de Lisboa), Lúcia Fernandes (CES, Universidade de Coimbra), Rita Campos (CES, Universidade de Coimbra)

Prazo para envio dos artigos: 15 de abril de 2020

Palavras-chave: ecossocialismo, capitalismo verde, soberania alimentar, justiça climática, ecofeminismo

Ao olharmos criticamente para as últimas duas décadas, soa o alarme ao vermos que o colapso social não está apenas a equiparar-se a, senão a ultrapassar, um desastre ecológico. A perda de biodiversidade e a destruição de ecossistemas atingiram níveis catastróficos, a temperatura do planeta está na trajetória para subir bem acima dos 2 °C acordados em Paris, a poluição tornou-se sistémica em todos os cantos da nossa Terra, doenças que julgávamos extintas estão a voltar, enquanto estamos a perder os nossos bens comuns para empresas privadas e Governos estrangeiros. Atualmente, milhões de pessoas são expulsas das suas casas, das suas terras, locais de trabalho e até dos seus países, sem direito à escolha sobre os seus destinos. Como consequência, vemos um renovado aumento da fome, do desemprego e da exclusão social, dando espaço ao crescimento da desigualdade e da discriminação, do racismo, do nacionalismo e de atitudes patriarcais, colonialistas e reacionárias.

Nada está a ser feito para resolver as duas principais contradições do capitalismo: a exploração das pessoas e da Natureza – os elementos produtivos mais importantes. Sob a hegemonia capitalista industrial, o que estamos a produzir, reproduzir, distribuir e consumir, em vez de progresso, é um profundo desenraizamento e a destruição dos próprios meios materiais e culturais que sustentaram as civilizações humanas.

Desde 2014 que coletivos ecossocialistas, ecofeministas, camponeses, sindicatos, movimentos sociais e organizações políticas têm organizado encontros para, coletivamente, imaginar e pôr em marcha uma alternativa ecossocialista ao atual paradigma económico destrutivo. O ecossocialismo assenta em tradições muito diversas, tais como o marxismo, o socialismo utópico, a ecologia social ou a ecologia indo-americana e alimenta-se de uma pluralidade de conhecimentos de movimentos sociais e organizações não governamentais (ecológicos, operários, feministas, pela paz, entre outros), pelo que se tem revelado um fértil campo de experimentação social para o debate e construção de conhecimentos e alternativas muito relevantes. O último encontro realizou-se em Lisboa, entre 23 e 25 de novembro de 2018, com o título de “IV Encontros Internacionais Ecossocialistas – Alerta vermelho, alerta verde: dar forma à transformação ecossocialista”, e foi coorganizado pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Esta proposta de número temático procura dar um contributo para o avanço teórico-metodológico sobre o ecossocialismo, que se enquadre nos tópicos listados abaixo:

1. Economia política da comida e soberania alimentar
2. Desmantelando a falácia do capitalismo verde
3. Organização dos trabalhadores e democracia económica
4. Justiça climática e democracia energética
5. Ecofeminismos: teoria crítica e perspetivas

Espera-se que os contributos recebidos permitam o registo e expansão das ideias de algumas das interessantes comunicações apresentadas por académicos/as e ativistas nas diferentes linhas temáticas do evento “IV Encontros Internacionais Ecossocialistas”, bem como alargar o debate a outros/as investigadores/as que venham trabalhando estas temáticas.

A e-cadernos CES é uma publicação online, com acesso livre, que se baseia num sistema de avaliação por pares e é editada pelo Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra (Portugal). Integra atualmente as seguintes bases de indexação: CAPES, DOAJ, EBSCO, ERIH Plus e Latindex. Para mais informações sobre a publicação consulte: https://journals.openedition.org/eces.

Todos os textos devem ser originais e submetidos na sua versão completa, em língua portuguesa, inglesa, francesa ou castelhana. Podem ter até 60 mil caracteres no máximo (com espaços), incluindo notas e referências bibliográficas. Para a secção final @cetera, podem ser apresentados outros textos (até 35 mil caracteres), entrevistas e debates (até 25 mil caracteres) ou recensões críticas inéditas (máximo 5 mil caracteres).

As normas detalhadas para submissão dos textos estão disponíveis em https://journals.openedition.org/eces/804. As mensagens devem ser enviadas para e-cadernos@ces.uc.pt e indicar explicitamente que se referem ao número temático em questão – “Alerta vermelho, alerta verde”.

Todos os contributos estarão sujeitos a um processo de arbitragem científica (em double-blind peer review).

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