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Exposição Fotográfica de Sérgio Santimano, “Porta para Goa”

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Fotografia

Exposição Fotográfica de Sérgio Santimano, “Porta para Goa”
Castelo de Vide | 18 de setembro a 31 de dezembro 2021

Abertura dia 18 setembro às 18h00

Castelo de Vide receberá a partir de 18 de setembro e até fim de dezembro de 2021 a exposição fotográfica Porta para Goa, do fotógrafo moçambicano Sérgio Santimano, no Centro de Interpretação Garcia de Orta (Antigas Termas).

No âmbito da abertura do Centro de Interpretação Garcia de Orta, em Castelo de Vide, e associando-se a esta importante iniciativa, o Observatório da Língua Portuguesa organiza com a Câmara Municipal de Castelo de Vide uma exposição fotográfica temporária do grande fotógrafo moçambicano Sérgio Santimano sobre Goa.

A Exposição “Porta para Goa” é um convite aos castelo-videnses e visitantes a descobrirem recantos, paisagens e práticas de Goa. Neste pequeno território viveu, metade da sua vida e até à sua morte, Dr. Garcia de Orta (c.1500-1568), o prestigiado médico quinhentista de Castelo de Vide, e autor do livro Colóquio dos simples e drogas e coisas medicinais da Índia, editado em Goa em 1563. Esta exposição tem como finalidade colocar em diálogo o contexto castelo-vidense e o território longínquo de Goa, tão distante e próximo das nossas realidades culturais, tornando as fotografias imagens-espelho de vivências e rituais coletivos.

Sérgio Santimano | Biografia

Nascido em Lourenço Marques/Maputo em 1956, vive e trabalha atualmente em Uppsala, Suécia, e Moçambique.

Sérgio Santimano inscreve-se na tradição do fotojornalismo com um compromisso social. Ricardo Rangel e Kok Nam, são as suas referências no início de carreira quando produziu e publicou trabalhos relevantes para a imprensa nacional e internacional sobre a guerra, à fome e assuntos políticos para a Agência Moçambicana de Informação (AIM).

Em 1988 muda-se com a sua mulher sueca para Suécia onde trabalhou e estudou fotografia documentária e fotojornalismo.

Depois do fim da guerra civil em Moçambique em 1992, começa a trabalhar como freelancer, documentando as consequências da guerra e a reconstrução do País, resultando dai a sua primeira exposição, “Caminhos”, que foi amplamente divulgada internacionalmente e foi objeto de publicação na prestigiada revista Revue Noir em França. Desde 1997, Santimano trabalhou no norte de Moçambique, de que resultaram várias séries de trabalhos como “Cabo Delgado- Uma história fotográfica de Africa” e “Terra incógnita”, sobre a província do Niassa. Tem uma larga documentação fotográfica sobre a Ilha de Moçambique, que soube olhar como poucos ao longo de vários anos.

Descendente de famílias goesas, Sérgio Santimano encetou, em 2016, um projeto artistico-documental sobre o seu legado goês. As fotografias apresentadas na exposição Porta para Goa são o resultado da busca desse passado anterior e do contacto direto com familiares próximos e do seu acolhimento em Goa.

Foi colaborador da revista portuguesa “Grande Reportagem”, da Agência fotográfica sueca Bazaar/Phoenix” e do Instituto Sueco para o Desenvolvimento e Assistência Internacional. Recebeu várias bolsas da Academia Sueca para as Artes. As sua obras fazem parte do espólio de vários museus e instituições, entre os quais o Centro Português de Fotografia, o Museu Fotográfico de Charleroi, na Bélgica, o Hospital Karolinska Institut, instituição sueca que nomeia o Nobel de Medicina e o Instituto Nórdico para Africa, em Uppsala, Suécia. Sérgio Santimano tem exposto em Africa, Europa e India e a sua vida e obra fotográfica desenrolam-se entre estes três continentes.

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