Quinta-feira, 28 de Março de 2024
Congressos

III Congresso Internacional de Cidadania Digital

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para trabalhos, Ciências da Comunicação, TIC

III Congresso Internacional de Cidadania Digital

A comunicação da floresta e a conexão de todas as coisas

 

Sobre o evento

III Congresso Internacional de Cidadania Digital, que traz como tema "A comunicação da floresta e a conexão de todas as coisas", vai promover um espaço transdisciplinar para debates no coração da Amazônia. Entre os dias 21 e 25 de novembro de 2022, nas cidades de Manaus e Parintins (AM), empresas, universidades, centros de pesquisa, movimentos ativistas e organizações vinculadas ao Terceiro Setor provenientes de diversas regiões do planeta irão debater, juntos, tendências e características desta nova época da cidadania, marcada pela colaboração das tecnologias digitais para o desenvolvimento de práticas cidadãs.

A programação do evento envolve conferências, exposição de cases, mesas coordenadas com apresentação de trabalhos científicos, performances artísticas, lançamentos de livros e programação cultural. O congresso será realizado de forma híbrida, com programação dividida entre as duas cidades (de 21 a 23 de novembro, em Manaus; de 24 a 25 de novembro, em Parintins). Haverá também a transmissão online das principais atividades - incluindo as mesas coordenadas, abertas à participação remota dos interessados na apresentação de trabalhos científicos - por meio do canal do Centro Internacional de Pesquisa Atopos no YouTube.

Estudantes, pesquisadores, professores, artistas e ativistas interessados em submeter propostas de trabalho para o Congresso devem informar ao coordenador da mesa, após o recebimento da aprovação, se pretendem apresentar o trabalho presencialmente ou remotamente (por meio de videoconferência).

Calendário de atividades

Período de inscrições gerais

07/09/2022 a 09/11/2022

Abertura para o envio de propostas

07/09/2022

Prazo final para o envio de propostas

 

30/10/2022

11/11/2022 

(novo prazo)

Divulgação dos trabalhos aceitos

A partir de 07/09/2022 (fluxo contínuo)

Divulgação da programação das Mesas Coordenadas e de Apresentação de Trabalhos

A partir de 14/11/2022

Prazo final para pagamento das inscrições para aqueles que desejam enviar trabalhos (coautores também devem efetuar o pagamento até esta data)

30/10/2022

11/11/2022 

(novo prazo)

Realização do evento na cidade de Manaus/AM

21/11/2022 a 23/11/2022

Realização do evento na cidade de Parintins/AM

24/11/2022 a 25/11/2022

 


 

Eixos temáticos das Mesas Coordenadas e de Apresentação de Trabalhos

 

1. Epistemologias reticulares: o protagonismo dos não-humanos e a comunicação pós-antropocênica 

Coordenadores: Massimo Di Felice (USP) e Thiago Franco (UFG)

Ementa: Em diversos âmbitos do conhecimento vêm se multiplicando, nos últimos anos, os estudos sobre a comunicação dos não-humanos. As formas de  inteligência  das plantas e dos dados, o sex appeal das coisas, as redes dos fungos, o clima, entre outros, mostram o protagonismo de um conjunto de entidades interagentes reveladas como partes ativas de um novo tipo de comum, cuja complexidade ecológica não pode ser descrita através dos fluxos informáticos disseminativos ou dialógicos. A ideia ocidental de comunicação, diante da pandemia, das mudanças climáticas e das formas não-humanas de inteligência,  resulta insuficiente e mostra a inadequação do seu formato e do seu pressuposto antropocêntrico e social. O processo de datificação, que promete transfigurar o mundo através de sua tradução em dados, marca a passagem de um ideia ontológica do mundo para uma forma emergente, baseada na posição, na programação e na atualização. Este conjunto de transformações marca uma ruptura epistêmica no âmbito da comunicação, tornando necessário, a partir dos estudos da comunicação dos não-humanos e das formas datificadas,  construir uma outra ideia do comunicar que contemple todos os mundos.

Palavras-chave: dataficação; ecologias digitais; não-humanos; redes complexas; cidadania digital.

 

2. Práticas de cidadania digital para se conectar com a Floresta Amazônica

Coordenadores: Bruno Madureira (Atopos/USP), Rita Nardy (Atopos/USP) e Eli Borges Junior (UFJF)

Ementa: As mudanças ambientais globais são sintomas de uma crise profunda ou, como afirma Bruno Latour, de uma "mutação" no estado do mundo capaz de afetar a resiliência dos ecossistemas. Os impactos são sentidos global e localmente e afetam também a Floresta Amazônica, o clima, os modos de existência e a qualidade de vida. Na floresta, além da biodiversidade, encontram-se também conhecimentos e percepções únicos. Entretanto, se nosso tempo viu emergir tamanho desafio, viu surgir também novas possibilidades de governança distribuída e modalidades de interação que poderão ser relevantes para gestar formas de regenerar os ecossistemas que temos visto ameaçados, permitindo que nos reconectemos a eles. A interação efetiva-se por agenciamentos que incluem as tecnologias digitais, em ecossistemas em contínua transformação, onde interagem redes biológicas, culturais, econômicas, políticas, técnicas e de dados, características do surgimento de um novo tipo de cidadania biosférica e digital.

Palavras-chave: ecologias digitais; mudanças ambientais globais; governança; redes ecológicas; tecnologias digitais; plataformas digitais; ecosofia; cidadania digital.

 

3. O local digital das culturas 

Coordenadores: Eliete Pereira (Atopos/USP), Taciana de Carvalho Coutinho (UFAM) e Cândida Nobre (UFAM)

Ementa: O processo de digitalização na sua fase mais avançada (banda larga, comunicação wi-fi, redes digitais, Internet das Coisas) com seu poder de conexão, além de expandir o local das culturas (BHABHA, 2004; PEREIRA, 2013) é responsável pela criação de uma ecologia conectiva complexa, cuja análise nos impõe a questionar a ideia geográfica de espaço ou a contraposição entre local e global. Ao mesmo tempo, a apropriação ou incorporação das tecnologias digitais e seus dispositivos de conectividade permitiram a expressão da diversidade seja ela nacional ou global, o empoderamento e o protagonismo de povos indígenas, quilombolas, comunidades tradicionais e povos em situação de diáspora (imigrantes). Neste eixo discutiremos os desdobramentos da interação/apropriação/incorporação das tecnologias digitais por parte desses povos e coletivos, bem como suas implicações nas respectivas territorialidades, na articulação de redes e alianças, no net-ativismo e no fortalecimento cultural.

Palavras-chave: cultura digital; net-ativismo; povos indígenas; comunidades tradicionais; diáspora; cidadania digital.

 

4. Net-ativismo, participação e conflitos em redes

Coordenadores: Marcella Schneider (FAPCOM), Marina Magalhães (UFAM) e Matheus Soares (Atopos/USP)

Ementa: Estudo das ações, linguagens e estratégias das diversas experiências e mobilizações que surgem por meio e nas redes digitais no Brasil e no mundo. Investigação das características inovadoras desses fenômenos, como as dinâmicas descentralizadas e desterritorializadas e a participação ativa dos ecossistemas complexos de tecnologias contemporâneas (como algoritmos, dados, plataformas, blockchain, etc.). Reflexões sobre os novos significados dessas experiências de ativismo em rede que desafiam os esquemas interpretativos das ciências sociais modernas e revelam possibilidades de uma participação muito mais plural, dinâmica e conectiva.

Palavras-chave: teoria do net-ativismo; ação em redes digitais; redes cívicas; hacktivismo; culturas hacker; cidadania digital.

 

5. Jornalismos possíveis: ecologia de traduções de mundos

Coordenadores: Lara Linhalis (UFOP) e Evandro Medeiros (UFOP)

Ementa: A Mesa Coordenada propõe a partilha de pesquisas ou relatos de casos que apresentem modos de traduzir mundos que possam inspirar um jornalismo diferenciante, especialmente a partir de experiências das gentes ligadas ao território, nos seguintes eixos: 1) tecnologias ancestrais de comunicação dos povos originários do Brasil (indígenas, quilombolas, ribeirinhos, sertanejos); 2) narrativas que congreguem tecnologias digitais e ancestrais em traduções menos redutoras das diferenças; 3) narrativas autônomas que furam o bloqueio da mídia, precipitando uma comunicação pela diferença, ou uma comunicação pelo equívoco; 4) jornalismo construído a partir de tecnologias de produção/rastreio de dados que façam os não humanos falarem.

Palavras-chave: jornalismos possíveis; tradução de mundos; povos originários; comunicação pelo equívoco; narrativas autônomas; cidadania digital.

 

6. Tecnologias imersivas e formação no contexto da Cidadania Digital  

Coordenadores: Eliane Schlemmer (Unisinos) e Leandro Yanaze (Unifesp) 

Ementa: A Mesa Coordenada tem o objetivo de apresentar e discutir pesquisas e experiências com tecnologias imersivas, em especial, os metaversos no campo da educação e da formação no contexto da Cidadania Digital. A intenção é provocar uma discussão conceitual através da prática. Para tanto, apresenta os seguintes eixos temáticos: 1) tecnologias imersivas para a educação e formação no contexto da Cidadania Digital; 2) games e gamificação em processos educacionais e formativos; 3) diversidade, participação social e cultural em metaversos e ambientes de realidade virtual.

Palavras-chave: metaverso; tecnologias imersivas; games; gamificação; educação; cidadania digital.

 

7. Uma outra universidade possível

Coordenadores: Teresa Neves (UFJF) e Eli Borges Junior (UFJF)

Ementa: Esta mesa tem como proposta realizar uma problematização das modalidades institucionais contemporâneas de produção de conhecimento, tendo como foco fundamental discutir aporias ligadas ao modus operandi da investigação científica no âmbito universitário. Algumas questões aqui parecem inelutáveis: em que medida esse modelo conservaria ou não fôlego suficiente para atender à missão social de produzir inovação e fomentar a crítica? Assim, como tem ele dialogado, de fato, com as necessidades de se promover práticas estendidas e duradouras de cidadania? Além da problematização, a mesa será ainda uma ocasião para que sejam apresentadas alternativas e pensados novos modelos e mesmo conceitos que nos permitam vislumbrar a construção de uma outra (ou outras) universidade(s).

Palavras-chave: metodologias de pesquisa científica; ensino universitário; epistemologia do conhecimento; crítica da ciência; cidadania digital.


 

Mais informações

O III Congresso Internacional de Cidadania Digital é um evento no formato híbrido que estimula a produção de resumos expandidos, relatos de experiência, ensaios, artigos científicos e performances artísticas.

Os trabalhos devem ser elaborados em Português, Espanhol, Inglês, Francês ou Italiano, por pesquisadores já formados (mestres ou doutores) e/ou em parceria com os seus orientandos de pós-graduação ou de graduação. Nesse caso, o evento científico também estimula a indicação formal de que o resumo expandido, artigo ou relato foi produzido em situação institucional de formação de recursos humanos para pesquisa (PIBIC, orientação de monografia, mestrado, doutorado ou pós-doutorado).

As propostas podem ser estruturadas nos seguintes formatos:

a) Resumo expandido: de 800 a mil palavras, devendo incluir título, palavras-chave e referências bibliográficas;

b) Relatos de experiência, ensaios e artigos científicos: de 4 mil a 6 mil palavras, devendo incluir título, resumo, palavras-chave e referências bibliográficas;

c) Performance artística: vídeos, poemas, instalações, dança, música, performances corporais, etc. As propostas terão formato livre e poderão ser enviadas para o e-mail do evento: cidadaniadigital2022@gmail.com.

Os demais trabalhos – resumo expandido, relatos de experiência, ensaios e artigos científicos – devem estar formatados dentro do template disponibilizado pela organização (ver "Modalidade") e ser enviados em arquivo versão PDF por meio do sistema de submissão do evento. Autores receberão confirmação da recepção dos trabalhos via e-mail e serão informados da sequência de avaliação em fluxo contínuo.

Todos os trabalhos selecionados para apresentação serão publicados nos anais do Congresso. Além dos anais, após a apresentação, está prevista uma segunda seleção para os artigos científicos que serão publicados, a posteriori, em um e-book do III Congresso Internacional de Cidadania Digital.

Autores devem indicar para qual Mesa Coordenada o trabalho deve ser submetido. No caso dos trabalhos em coautoria, o(s) outro(s) autor(es) que desejar(em) certificado(s) e nominação no programa deverá(ão) estar regularmente inscrito(s) no Congresso.

Todos os trabalhos serão reenviados aos coordenadores e a membros do Comitê Científico do evento ou a avaliadores ad hoc, para avaliação por pares. Não é preciso remover os nomes e referências dos autores dos textos enviados. Eventualmente, após avaliação, os trabalhos podem ser direcionados a Mesas Coordenadas distintas daquelas indicadas pelo(s) autor(es).

O trabalho aprovado deverá ser apresentado oralmente na Mesa Coordenada por pelo menos um dos autores/coautores para que seja emitido o certificado de apresentação a todos os autores e coautores. Todas as sessões de apresentação serão híbridas (presencial e online).

Ao enviar o artigo para a Mesa Coordenada o responsável declara que é o autor do trabalho, ciente das leis de direitos autorais em vigência. O autor também cede os diretos de publicação nos anais do evento ou em produtos editoriais derivados do Congresso.

E-mail:  congressocidadaniadigital@gmail.com

Instagram: @conciddig

Canal ATOPOS no YouTube: https://www.youtube.com/c/CanalATOPOS

Site: https://www.even3.com.br/congressodecidadaniadigital/

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