Quarta-feira, 24 de Abril de 2024
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Colóquio Imprensa Nacional - 250 anos de História: o Livro, os Saberes e o Estado

Início: Fim: Países: Portugal

Ciências Humanas, História, Livros

Colóquio Imprensa Nacional - 250 anos de História: o Livro, os Saberes e o Estado
28 e 29 de novembro de 2019, Universidade Autónoma de Lisboa, Auditório 1

Organização conjunta da Universidade Autónoma de Lisboa - Departamento de História, Artes e Humanidades e da Imprensa Nacional-Casa da Moeda. 

O alvará régio de 24 de dezembro de 1768 determinava a criação de uma Oficina Tipográfica que pudesse «fazer-se útil e respeitável pela perfeição dos carateres, e pela abundância e asseio das suas impressões». Nas duas centúrias e meia que desde então transcorreram e ao presente se rememoram, a Impressão Régia (“Imprensa Nacional” a partir de 1833) tem assumido, na sua indeclinável ligação ao Estado, a que por essência está afeta, papel incontornável na promoção das artes tipográficas e na definição de uma ação pública no domínio da cultura escrita. Associando caráter oficinal e vocação cultural e educativa, a Imprensa Nacional foi escola e fez escola no campo da tipografia, da gravura e das artes gráficas em geral, ensaiando e ensinando técnicas e timbrando a sua evolução, e assim cunhando gerações de artífices e mesmo até de artistas. Impressora-editora oficial, coube-lhe a difusão privilegiada de notícias e de saberes múltiplos, de que as obras literárias, clássicas ou não, se têm mais recentemente destacado.

Pretendendo assinalar os 250 anos da Imprensa Nacional, propõe-se este colóquio expressar a riqueza e complexidade do seu percurso, indagando a evolução das missões e realizações que cumpriu ao longo da sua história e, tomando a sua centralidade como pretexto, esboçar uma reflexão sobre os principais desafios que se colocam ao mundo editorial contemporâneo.

Num espetro necessariamente alargado aos espaços e realidades do antigo Império, são várias as questões que emergem. Entre outras: que motivações sub- jazeram à decisão de intervenção direta do Estado, através da sua Imprensa, na atividade industrial, na vida social e na produção cultural? Que papel assume uma instituição oficial deste tipo no contexto dos diferentes regimes políticos e ideológicos – Monarquia absoluta, Liberalismo, República e Estado Novo – que inevitavelmente determinam as condições e limites da sua ação?

Na reflexão proposta, desenham-se cinco eixos principais:

  1. Da história institucional de uma empresa do Estado: a transição da Impressão Régia para a Imprensa Nacional, usos e manipulações político-ideológicos, a relação indireta e complementar com o contexto colonial;
  2. Do livro e da sua materialidade: o contributo da Imprensa Nacional para a história das técnicas e ofícios da tipografia, as diferentes conceções da materialidade do livro (do papel à edição eletrónica), a circulação transnacional dos saberes e das técnicas;
  3. Do ofício à arte: a gravura, seu caráter criativo/artístico e seu(s) uso(s) no livro;
  4. Do ensino e da formação profissional: o papel do Estado e da Imprensa Nacional no desenvolvimento da formação em artes gráficas nacionais;
  5. Do livro, dos saberes e da leitura: as políticas editoriais, a ação educativa e científica, a receção e os modos de leitura.

Poderá consultar o programa no endereço seguinte: https://autonoma.pt/coloquio-imprensa-nacional-250-de-historia-o-livro-os-saberes-e-o-estado-28-e-29-outubro-auditorio-1/

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