Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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As mobilizações das trabalhadoras domésticas no Brasil e a luta pelos direitos trabalhistas

Início: Fim: Países: Reino Unido

Antropologia, Eventos, Estudos Latino-Americanos

O Instituto de Estudos Latino-Americanos (ILAS) da Universidade de Londres, promove o seminário "As mobilizações das trabalhadoras domésticas no Brasil e a luta pelos direitos trabalhistas", por Louisa Acciari, da Universidade Queen Mary, que terá lugar no dia 28 de janeiro de 2016, no âmbito da série de Seminários sobre Antropologia Latino-americana.
 
Apresentação
 
O trabalho doméstico é geralmente descrito como sendo um sector precário, informal e altamente desigual da atividade. Na maioria dos países as trabalhadoras domésticas não são sequer reconhecidas como trabalhadoras e não gozam dos mesmos direitos trabalhistas como outros. A literatura das relações laborais e dos movimentos sociais preveem, unanimemente, que os trabalhadores precários ou "não tradicionais" são mais difíceis de organizar e, mais ainda, de se sindicalizar.
 
No entanto, em alguns países latino-americanos, as trabalhadoras domésticas criaram sindicatos e, recentemente, têm ganhado novos direitos por meio de importantes mudanças nas legislações nacionais. No Brasil, o maior empregador de trabalhadoras domésticas no continente, a categoria tem uma muito longa história de luta pelos seus direitos. A primeira associação de trabalhadores domésticos remonta a 1936, e as associações locais foram reconhecidos como sindicatos em 1988, com o retorno à democracia e à nova Constituição. A Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD) foi criada em 1997, filiada à maior confederação de trabalhadores do país, a Central Única dos Trabalhadores (Central Única dos Trabalhadores - CUT). A FENATRAD é agora composta por 25 sindicatos locais de 13 Estados federados (de 26), e representa 133.000 membros em todo o país.
 
Contra todas as probabilidades, este grupo de mulheres marginalizadas foram se organizando e exigindo direitos iguais. E o mais surpreendente: quando a literatura prevê que tal grupo iria encontrar formas alternativas ou não-tradicionais de mobilização, as trabalhadoras domésticas brasileiras têm usado as "armas dos fortes" e criado sindicatos.
 
Esta apresentação irá explorar o que fez tal mobilização possível, e como as trabalhadoras domésticas brasileiras conseguiram criar os seus próprios sindicatos; com especial atenção para a lei 2015, que estende os direitos trabalhistas dos trabalhadores domésticos, que terá também como objetivo avaliar o sucesso deste processo.
 
Para mais informações ou para participar do seminário, pode entrar em contacto com qualquer um dos organizadores do seminário: Agustin Diz (A.Diz@lse.ac.uk), Clate Korsant (anp02ck@gold.ac.uk), Angus McNelly (a.mcnelly@qmul.ac.uk), Agathe Faure (agathef.24@gmail.com) ou Ainhoa ​​Montoya (ainhoa.montoya@sas.ac.uk).
 
As mobilizações das trabalhadoras domésticas no Brasil e a luta pelos direitos trabalhistas,
Louisa Acciari, Queen Mary University
 
Data: 28 de janeiro de 2016 | 17:30-19:30
Tipo de evento: Seminário
Local: Sala 234 (Senate House)
Senate House, Malet Street
London WC1E 7HU
 



 
Latin American Anthropology Seminar Series
Domestic Workers’ Mobilizations in Brazil and the Struggle for Labour Rights
Louisa Acciari, Queen Mary University

 
Domestic work is usually described as being a precarious, informal and highly unequal sector of activity. In most countries, domestic workers are not even recognised as workers and do not enjoy the same labour rights as others. Industrial relations and social movements’ literature quite unanimously predict that precarious or ‘non-traditional’ workers are harder to organise and even more so to unionize.
 
Yet, in some Latin American countries, domestic workers have created trade unions and recently gained new rights through important changes in national legislations. In Brazil, the largest employer of domestic workers in the continent, the category has a quite long history of fighting for their rights. The first association of domestic workers dates back to 1936, and local associations were recognised as trade unions in 1988 with the return to democracy and the new Constitution. The National Federation of Domestic Workers (FENATRAD) was created in 1997, and affiliated to the biggest confederation of workers of the country, the Central Única dos Trabalharadores (Unique Central of Workers – CUT). The FENATRAD is now composed of 25 local unions from 13 federative states (out of 26), and represents 133,000 members across the country.
 
Against all odds, this group of marginalised women have been organising themselves and demanding equal rights. And most surprisingly, when the literature predicts that such a group would find alternative or non-traditional ways of mobilising, Brazilian domestic workers have instead used the ‘weapons of strong’ and created trade unions. This paper will explore what made such a mobilisation possible and how Brazilian domestic workers managed to create their own trade unions. Paying particular attention to the 2015 law that extends domestic workers’ labour rights, it will also aim at assessing how successful this process has been.
 
For any queries or expressions of interest to participate in the seminar, you can contact any of the seminar conveners: Agustin Diz (A.Diz@lse.ac.uk), Clate Korsant (anp02ck@gold.ac.uk), Angus McNelly (a.mcnelly@qmul.ac.uk), Agathe Faure (agathef.24@gmail.com), Ainhoa Montoya (ainhoa.montoya@sas.ac.uk)
 
28 January 2016, 17:30 - 19:30
 
Event Type: Seminar
Venue: Room 234 (Senate House)
Venue Details:
Senate House
Malet Street
London WC1E 7HU

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