Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
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3ª Conferência Internacional Ética, Politica e Cultura. Utopias

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Chamada para trabalhos, Cultura, Filosofia, Política

3ª Conferência Internacional Ética, Politica e Cultura. Utopias

5 e 6 de dezembro 2019

FCSH NOVA, Colégio Almeida Negreiros, Lisboa

 

Keynote Speakers:

  • Fátima Vieira (Universidade do Porto)

  • ​Francisco Colom González (CSIC, Espanha)

 

A produtividade intemporal de uma forma de pensar sucessivos lugares do imaginário, a partir de contextos temporalmente determinados, aliando razão e imaginação, alegoria e descrição, crítica e narrativa, advém do efeito combinado do realismo que assiste ao diagnóstico do estado presente, da esperança na modificabilidade da história e da audácia de propor o desenho do modelo idealizado: a Utopia. Esses laboratórios de porvir oferecem-se, por conseguinte, repletos de significações, de ideações, de valorações. Condensam mundividências mais ou menos complexas, mas que nunca se afiguram neutras e apelam a uma tomada de posição por parte daqueles a quem se dirigem. Revelam-se profundamente filosóficos, ainda quando se querem ficcionais, indelevelmente metafísicos, por maior que seja a positividade do constructo. Com a intenção de constituir um regime de racionalidade superior e de prever os detalhes de uma felicidade anunciada, as utopias podem resvalar, com surpreendente facilidade, para uma forma totalitária, na qual se deixam antever as formulações inversas das distopias.

O século XX conviveu mal com a dialética entre utopia e ideologia, dificuldade que o desmantelamento dos grandes movimentos revolucionários, herdados do século anterior, acentuou. Face à dúvida sobre a viabilidade de evitar que, na passagem à realização, as utopias se cristalizem em soluções totalitárias e percam a sua função crítica, retraiu-se o seu âmbito para a esfera individual, ao mesmo tempo que se investiu na produção de distopias exemplificativas dos desvarios do encontro entre a vontade de poder e a razão tecnocrática. Porém, o pensamento utópico não esmoreceu. Os desafios contemporâneos confrontam-nos, por exemplo, com as inquietações ecológicas, com uma democracia mais participativa, com novas experiências sociais, ou com as utopias e distopias da evolução tecnológica e da inteligência artificial.

Com este colóquio pretende-se repensar a complexidade dessa maneira de perspetivar a realidade, um modo universal de pensamento, que projeta figurações de mundos alternativos, passados ou futuros, com um princípio de razoabilidade na convivência humana e no modo como esta se organiza social, cultural e politicamente, os diferentes modelos que gerou, os efeitos que exerce sobre o mundo da vida, os valores que tende a convocar e as formas que assume na atualidade.   

Tópicos:

  1. Pensamento utópico

  2. Utopias e distopias

  3. Razão e imaginário

  4. Utopia na história da filosofia

  5. Utopia como género literário

  6. Utopia e ideologia

  7. Sociedades e culturas tecnológicas

  8. Humanismo e transhumanismo

  9. Cidade e imaginários urbanos

  10. Cosmopolitismo, globalização e democracia

  11. Direitos humanos, equidade e justiça

  12. Ecologias políticas

  13. Utopia, arte e imagem

  14. Utopia e educação


Chamada de propostas

As propostas de comunicação deverão ser enviadas até 10 de novembro para o endereço electrónico do Instituto de Filosofia: ifilosofia@letras.up.pt
 

Mais informações: https://ifilosofia.up.pt/activities/3rd-international-conference-ethics-politics-and-culture-utopias

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