Sábado, 04 de Maio de 2024
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Revista História Oral | Chamada para o dossiê: 60 anos do Golpe de 1964

Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, História, História Oral

Está aberta a recepção de artigos para o dossiê "60 anos do Golpe de 1964: memória, história e oralidades", a ser publicado pela revista História Oral, da Associação Brasileira de História Oral — ABHO. A data limite para submissão de propostas é 30 de janeiro de 2024.

Proponente: Profa. Dra. Lucileide Costa Cardoso

Ementa

A proposta central deste dossiê é discutir e divulgar novas reflexões sobre a construção da memória e da história da última ditadura brasileira, iniciada com a inflexão golpista civil-militar de 1964, que completará sessenta anos em 2024. Portanto, provocamos os pesquisadores a nos acompanhar nessa jornada a partir da indagação: para que serve recordar um golpe de estado que instaurou a mais longa ditadura brasileira? A inspiração veio do Marc Bloch no seu livro Apologia a História, quando pretendeu responder à pergunta do seu filho: Para que serve a História?

Sem dúvida, a intenção é problematizar a “guerra de memórias” que se estabeleceu no Brasil e no mundo a respeito do tema. Novas e Velhas armas são usadas neste combate que parece interminável do ponto de vista de um universo rico de artefatos de memórias e de história que já foram produzidas desde sempre e continuam a gerar revoltas de memórias e polêmicas historiográficas.
No entanto, o objetivo maior do dossiê é tratar a narrativa oral com delicadeza, demonstrando a sua força política, narrativa e emotiva, capaz de reorientar novas perspectivas de compreensão de um trauma que até hoje nos atormenta. Os últimos acontecimentos da nossa frágil democracia em 08 de janeiro de 2023, moldou um imaginário de violência e de reação antidemocrática sob o lema de “volta à ditadura” e contra o Estado Democrático de Direito. Assim, continuamos sob a égide da memória, da multiplicidade de versões e de posições políticas divergentes que se entrechocam na remissão a esse “passado que não passa”, para nos apropriarmos da expressão de Henry Rousso.

Em suma, a nossa intenção é pensar o que pode a história oral nesse campo de memórias em disputas sobre o golpe de 1964 e a ditadura? Quais as possíveis contribuições e tensões que faz da voz do depoente uma importante ferramenta de entendimento histórico desse período? Com isso, pretendemos desenvolver a escuta paciente dessas narrativas orais e repô-las no contexto da história social da memória, o que nos permitirá identificar traços recorrentes e singulares da memória política que assume contornos de convenção no dizer de Eclea Bosi, bem como buscar a abrangência do vivido, do recriado e dialogado.

Mais informações no site da Revista História Oral.


A ABHO, sociedade científica sem fins lucrativos, tem como um dos pontos centrais de sua proposta programática a publicação e a distribuição da Revista História Oral, inscrita sob o ISSN 2358-1654, que se destina aos associados e interessados na metodologia e teoria das pesquisas com fontes orais.

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