O número 8 de 2015 de REBECA, Revista brasileira de Estudos de Cinema e Audiovisual, tem como tema o denominado cinema de baixo orçamento e suas relações de causa e efeito na inovação dos sistemas de produção e resultados estéticos da expressão audiovisual.
 
O prazo de envio de artigos está aberto até 21 de agosto de 2015.
 
O cinema do Século XXI tem sido marcado por uma forte movimentação de realizadores e coletivos de produção dedicados aos chamados filmes de baixo orçamento, numa espécie de oposição ao modelo industrial tradicional, que responde pela produção tanto dos block busters do audiovisual hegemônico, como por grande parte do cinema independente.
 
Com os avanços tecnológicos que resultaram em ferramentas digitais mais acessíveis e altamente portáteis e que agilizaram os processos de captação de imagem e som e também a pós-produção, a produção de conteúdos audiovisuais alcança quantidades imensuráveis, com menor tempo de produção e qualidade técnica assegurada.
 
Essa condição de um cinema mais artesanal do que industrial parece recolocar questões que perpassam a História do Cinema. Há um ressurgimento do realizador individual, que controla todos os processos criativos e técnicos de sua obra, incluindo a exibição, que pode ser feita somente pela Internet, com possibilidades de um alcance de público superior ao das salas do mercado tradicional, mas há também uma trajetória conhecida de movimentos renovadores baseados em orçamentos baixíssimos para os padrões industriais.
 
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