Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Dossiê sobre as contribuições de Clarice Lispector para a imprensa brasileira

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Estados Unidos

Chamada para artigos, Jornalismo, Letras, Literatura

Mariela Méndez (Universidade de Richmond) e Anna Katsnelson (Faculdade Medgar Evers, CUNY) organizam um volume de ensaios críticos sobre as contribuições de Clarice Lispector para a imprensa brasileira ao longo de toda a carreira da escritora. São bem-vindos artigos a partir de perspectivas de distintos campos e disciplinas. Os trabalhos podem ser enviados até 5 de setembro de 2017.

Eixo Temático

Clarice Lispector (1920-1977) e João Guimarães Rosa são considerados os melhores escritores de ficção brasileira do século XX. Desde a publicação de Perto do Coração Selvagem em 1943, um livro diferente de qualquer coisa que já havia sido escrita no Brasil antes,a ficção de Clarice Lispector chamou a atenção dos críticos que aclamaram seu trabalho como um avanço nos padrões narrativos predominantes do século XX. Houve, desde o primeiro estudo crítico deste romance, do renomado crítico brasileiro Antonio Cândido no mesmo ano da publicação,  um fluxo constante de estudos acadêmicos, teses e dissertações que abordam a produção ficcional de Lispector a partir de uma ampla gama de campos e disciplinas.

No entanto, durante as últimas décadas, a recepção crítica de seu trabalho experimentou um deslocamento, por assim dizer, para as áreas da sua produção consideradas mais marginais, distanciadas dos textos que entraram no cânon literário. Entre esses textos mais "marginais", descritos pela crítica Vilma Arêas como escritos "com as pontas dos dedos", e considerados por Arêas simultaneamente de vanguarda e subdesenvolvidos, pode-se encontrar, por exemplo, suas contribuições para vários jornais ou livros de seus filhos, os primeiros tipicamente motivados por necessidades financeira e os últimos geralmente por solicitação, em alguns casos de seus próprios filhos.

Embora seja verdade que estudos como o de Arêas Clarice Lispector com Ponta dos Dedos (2005) - ou de Sônia Roncador sobre a figura da empregada na literatura e jornalismo de Lispector, A Doméstica Imaginária (2008) foram cruciais para oferecer novos caminhos críticos, a crítica das contribuições da imprensa foi, na melhor das hipóteses, esparsa. Este colume visa ampliar os estudos sobre essas contribuições, tipicamente focados nas crônicas que escreveu para o Jornal do Brasil entre 1967 e 1973, expandindo esse corpus e aprofundando essa análise através da inclusão de todos os gêneros que cultivou: artigos, crônicas, entrevistas , Histórias infantis, traduções, página feminina, etc.

Convidamos propostas que envolvam criticamente o trabalho menos estudado de Clarice Lispector a partir de uma variedade de disciplinas e em diferentes campos, na esperança de criar um diálogo que, por sua vez, possa levar a uma reavaliação de toda a sua obra e possibilitar novas leituras e interpretações .

Mais informações através do e-mail claricevolume@gmail.com e na página da H-LatAM.

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