Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Chamadas da Revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea - N. 52 e 53

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Estudos Latino-Americanos, Literatura, Publicações, Revistas

A revista Estudos de Literatura Brasileira Contemporânea (ISSN 2316-4018 (On-line), Qualis A1) está recebendo artigos e resenhas para os números 52 e 53. Publicada pelo Grupo de Estudos em Literatura Brasileira Contemporânea da Universidade de Brasília, a revista tem o compromisso de fomentar o debate crítico sobre a literatura contemporânea produzida no Brasil, em suas diferentes manifestações, a partir dos mais diversos enfoques teóricos e metodológicos, com abertura para o diálogo com outras literaturas, em especial da América Latina.

Revista 52 (set./dez. 2017)

Seção temática: Contemporaneidades ameríndias

Os povos indígenas são tradicionalmente definidos pela falta. No século XVI já foram considerados povos “sem fé, sem lei e sem rei”, para, em momentos dos séculos XIX e XX, serem vistos como povos sem história. Em sua economia, “de subsistência”, estaria ausente a acumulação vigente no Ocidente. Sendo povos sem escrita, seriam também povos sem literatura. Há décadas, porém, antropólogos e outros estudiosos vêm redefinindo supostas faltas como potencialidades. Desde a economia (Marshall Sahlins) até a política (Pierre Clastres) e a filosofia (Eduardo Viveiros de Castro), as supostas ausências dos povos ameríndios têm se tornado presenças que revigoram o pensamento e a forma de pensar. No campo dos estudos literários no Brasil, esse tem sido um processo longo, porém contínuo, e que tem acontecido pari passu com o aumento de edições de autores indígenas que escolhem a expressão escrita, como Daniel Munduruku, e outras edições que recolhem expressões da oralidade, como é o caso da parceria entre Davi Kopenawa e o antropólogo Bruce Albert. Neste momento de ataque constante aos direitos indígenas, acreditamos que é científica e politicamente necessário estudar a contribuição dos diversos povos ameríndios para o campo dos estudos literários. Pensar em contemporaneidades ameríndias significa pensar em um conceito de contemporâneo que aceite diferentes temporalidades conflitantes, em espaços que, embora muitas vezes constrangidos pelas fronteiras dos Estados nacionais, de maneira alguma se confundem com estes. Significa pensar em um conceito de literário que não dependa apenas de “desenhos de palavras” mas também se abra para palavras gravadas no pensamento e todo o tempo renovadas (Kopenawa e Albert). Este dossiê espera receber trabalhos voltados à pesquisa de textos criativos ameríndios, buscando entender melhor essa presença-ausência nos estudos literários contemporâneos.

Dossiê proposto por Devair Fiorotti (UERR/UFRR) e Pedro Mandagará (UnB)

O prazo final para o envio de artigos para a seção temática do nº 52 é 10 de dezembro de 2016.

Revista 53 (jan./abril 2018)

Seção temática: Literatura e outras alteridades

Propõe-se uma reflexão acerca das produções literárias brasileiras contemporâneas que abordam as diferenças e a pluralidade de sujeitos e vozes que compõem socialmente um determinado aspecto da diversidade humana. Serão aceitos artigos que abordem obras e autores que incluam no raio de visibilidade aquele indivíduo marcado por uma singularidade que o situa fora do padrão cristalizado como o “normal” no que diz respeito ao corpo, aos sentidos, à inteligência ou à expressão do comportamento; ou seja, pessoas com algum tipo de deficiência (cegueira, surdez, deformidades, mutilação, nanismo, síndrome de Down, autismo, entre outros). Serão aceitos artigos de diferentes orientações teóricas e metodológicas que, separada ou associadamente: a) discutam o conceito de deficiência, em sua abordagem sócio-histórica ou filosófica e sua relação com a literatura; b) analisem a representação e autorrepresentação dessas alteridades em obras da literatura brasileira contemporânea; c) discutam obras específicas produzidas por escritores originários desses grupos minoritários; c) reflitam sobre a relação da pessoa com deficiência com os processos de produção, circulação e recepção das obras da literatura brasileira contemporânea; d) abordem atuações culturais relacionadas à temática nas mídias sociais e internet; e) debatam o papel das indústrias culturais e/ou das políticas públicas na visibilidade desses textos e práticas.

Dossiê proposto por Alessandra Santana Soares e Barros (Geine-UFBA) e Gislene Maria Barral Lima Felipe da Silva (Gelbc-UnB).

O prazo final para o envio de artigos para a seção temática do nº 53 é 28 de fevereiro de 2017.

 A revista conta também com uma seção de tema livre, onde são publicados artigos de diversas abordagens sobre a literatura brasileira contemporânea. Há ainda espaço para resenhas de obras de ficção, poesia, crítica literária e teoria literária publicadas nos últimos 24 meses.

As colaborações para as demais seções são recebidas em fluxo contínuo.

As normas para publicação, link para submissão e mais informações estão disponíveis no site da revista e também por meio do endereço eletrônico revistaestudos@gmail.com

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