Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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Chamada para os volumes 29 e 30 da Revista Terra Roxa

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Literatura, Chamada para artigos

A Revista Terra Roxa (Qualis A2), da Universidade Estadual de Londrina, está com duas chamadas abertas para os volumes 29 ― Literatura e Cinema e 30 ― Intertextualidades Literárias. O prazo para envio dos artigos é dia 17 de agosto de 2015.
 
Volume 29 - Literatura e Cinema
(prazo de envio dos artigos: 17/08/2015)
 
Ementa:
 
As relações entre literatura e cinema, há muito, provocam discussões decorrentes, em geral, das inúmeras adaptações de textos literários para o cinema. De outro lado, no campo dos chamados “Estudos Interartes”, a tomar a literatura como referência dominante, observam-se novos interesses no que diz respeito ao exame dessa confluência entre a produção literária – sejam as prosas ficcionais, a poesia e o drama – e as formas (audio)visuais, sobretudo o cinema. Na contemporaneidade, a questão que toca a interface literatura/cinema torna-se ainda mais abrangente tendo em vista os conceitos de Intermedialidade/Intermidialidade, Remediação (BOLTER; GRUSIN, 1999), Convergências, Hibridismo ou Hibridação, Midiatização/Mediação, usados com frequência nos estudos compreendidos em várias áreas das humanidades e das artes. O intuito desta chamada é propor discussões em torno dos estudos que abordem o intercâmbio entre literatura e cinema de modo a analisar, além da prática da adaptação/tradução/transposição, as possibilidades de intrincamento entre essas duas linguagens. Tal abordagem justifica-se na medida em que a convergência entre literatura e cinema configura-se dentro de um esquema de migração e interação que pode ocorrer de formas diversas. Há, por certo, nessa zona fronteiriça, várias subversões, desvios, encontros e diversos entrelaçamentos que afetam sensivelmente os modos de representação, dando lugar a novas acomodações e modulações narrativas. A considerar as obras literárias como parte de um sistema midiático, o estudo da relação entre literatura e cinema ganha contornos mais amplos e bem mais complexos, os quais podem envolver desde a investigação da(s) materialidade(s) até a compreensão dos efeitos dos processos de remediação, apropriação, hibridação e atravessamento entre tais mídias.
 
Volume 30 - Intertextualidades literárias
 
(prazo de envio dos artigos: 17/08/2015)
 
Ementa:
 
Surgido nos anos 60 do século XX a partir dos estudos de Julia Kristeva sobre a obra de Mikhail Bakhtin, o conceito de intertextualidade passou por certo processo de banalização, tornando-se, muitas vezes, generalizante. Por conta de sua imprecisão teórica, foi alvo de desconfiança por parte de muitos estudiosos, mas, ao mesmo tempo, também despertou o interesse de vários outros. Desse modo, se para alguns a ideia de intertextualidade está fatalmente ancorada sobre o juízo de plágio e imprecisão, para outros, ela resolve o problema de uma crítica atrelada em demasia à noção de influência. Segundo Tiphaine Samoyault, a intertextualidade é “a memória que a literatura tem de si mesma”. Nesse sentido, esperamos artigos que versem sobre o fenômeno da intertextualidade e suas implicações teóricas, tomando-o como um instrumento de análise poética da presença efetiva de um texto no outro e levando em consideração que esta presença tem consequências para a memória que a literatura tem de si mesma. Em suas palestras, o escritor Português Gonçalo M Tavares habitualmente retoma um costume cigano para exemplificar seu processo produtivo. Segundo o autor, os ciganos de outrora, “ao chegarem a uma encruzilhada e dobrarem para a direita, deixavam (...) uma maçã pousada num moirão próximo, sinalizando o local para os carroções que viriam no encalço. Como a maçã amadureceria durante o tempo em que estivesse ali, tratava-se também de um marco temporal, pois além da rota seguida o estado da maçã indicava há quanto tempo a família passara por aquele local. Os familiares, então, que encontrassem a maçã, poderiam decidir, com livre arbítrio, se tomariam ou não o mesmo rumo, mas abraçariam tal decisão conscientes dos passos seguidos por quem os antecedera” . O costume é tomado pelo escritor como uma metáfora da História literária, e a maçã, como marco de direção e temporalidade. Cabe aos estudiosos, portanto, mapear as direções tomadas e analisar como elas têm implicações para toda a comunidade.
 
Confira a página da revista para mais informações: http://www.uel.br/pos/letras/terraroxa

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