Terça-feira, 16 de Abril de 2024
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Chamada para artigos - Financeirização, mercantilização e urbanismo neoliberal

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Arquitetura, Chamada para artigos, Ciências Sociais, Demografia, Geografia, Urbanismo

Os Editores Científicos e a Comissão Editorial da Revista Cadernos Metrópole (ISSN: 1517-2422) selecionam artigos para sua edição v. 19 nº 39  com o tema “Financeirização, mercantilização e urbanismo neoliberal”. O prazo para envio dos trabalhos é o 30 de janeiro.

A revista Cadernos Metrópole, de periodicidade quadrimestral, tem como enfoque o debate de questões ligadas aos processos de urbanização e à questão urbana, nas diferentes formas que assume na realidade contemporânea. Trata-se de periódico dirigido à comunidade acadêmica em geral, especialmente, às áreas de Arquitetura e Urbanismo, Planejamento Urbano e Regional, Geografia, Demografia e Ciências Sociais.

O periódico tem 15 anos de existência regular e contínua. Editada por Luiz César de Queiroz Ribeiro e Lucia Bógus, inicialmente concebida como um veículo de divulgação e circulação internas da produção da Rede Nacional INCT Observatório das Metrópoles, se tornou uma revista de alcance mais amplo, veículo de divulgação e circulação dos trabalhos de pesquisadores de vários campos disciplinares

Os artigos podem ser redigidos em português ou espanhol. Os artigos apresentados em outros idiomas serão traduzidos para o português. Na versão eletrônica, os textos serão publicados no idioma original enviado pelos autores, em inglês, francês, italiano ou espanhol, além do português.

Eixo temático

Financeirização, mercantilização e urbanismo neoliberal

A proposta do número 39 dos Cadernos Metrópole é reunir artigos que discutam a relação entre o atual ciclo global de financeirização dos padrões de acumulação do capital e a sua tradução em pressões mercantilizadoras das cidades orientadas pela busca de rentabilidade, liquidez e segurança dos investimentos. Esse processo vem ocorrendo em vários circuitos da produção do espaço urbano construído, sendo o mais visível o mercado imobiliário, mas vem penetrando também nos espaços relativos à realização de obras públicas e concessão de serviços coletivos.

Essas pressões mercantilizadoras se articulam com a difusão de experiências de urbanismo neoliberal, envolvendo a adoção, pelas cidades, de megaprojetos de reestruturação e renovação urbanas; criação de polos de entretenimento e turismo; e promoção de grandes espetáculos culturais e esportivos.  Ao mesmo tempo, vêm ocorrendo transformações regulatórias das cidades, manifestas em arranjos institucionais voltados para a promoção de parcerias público-privadas, em áreas, equipamentos e serviços, e para assegurar rentabilidade e liquidez dos capitais aplicados.  Observam-se, em algumas cidades, tendências de transformação dos padrões de gestão urbana, pela financeirização de títulos municipais, e a criação de instrumentos novos e de alto risco para cobrir títulos de dívida municipal. Alguns autores vêm ainda destacando o surgimento de transformações na cultura urbana pela adoção de ethos fundado na cultura do dinheiro.

Em resumo, a conexão entre financeirização, mercantilização e difusão do urbanismo neoliberal exacerba a contradição entre a cidade como valor de troca e a cidade como valor de uso, gerando extremas desigualdades socioespaciais.

A intenção deste número é, portanto, estimular uma reflexão comparativa Norte-Sul ou, mais especificamente, entre o Brasil e os países latino-americanos em relação aos países centrais situados na Europa e na América do Norte.

Mais informações na chamada para artigos em anexo e na página da Revista Cadernos Metrópole.

 

 

 

 

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