Quinta-feira, 28 de Março de 2024
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Chamada do Livro Compós 2018: Mobilidade, Espacialidades e Alteridades

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para artigos, Ciências da Comunicação, Comunicação, Género, Jornalismo, Media, Mobilidade

A Associação Nacional dos Programas de Pós-graduação em Comunicação (Compós) seleciona artigos para o Livro Compós 2018 que tem como tema Mobilidade, Espacialidades e Alteridades.Serão aceitos para avaliação trabalhos elaborados por pesquisadores doutores e por doutorandos, mestres e mestrandos em coautoria com doutores, vinculados a Programas de Pós-Graduação em Comunicação. O prazo máximo para o envio é o 17 de setembro de 2017.

Mobilidade, Espacialidades e Alteridades

A inserção de aparatos tecnológicos de comunicação tem produzido ampla gama de impactos no cotidiano. Para além das relações interpessoais, a cidade atualmente se transforma por meio de alterações relevantes tanto nos processos de formação dos espaços quanto nos modos pelos quais se configuram os usos, a sociabilidade, as trocas simbólicas. Desde a complexificação de conceitos abstratos razoavelmente estabelecidos como a noção de lugar, agora resultado da indissociabilidade entre o próximo e o distante, entre o real e o virtual, à pragmática de movimentos políticos como a chamada Primavera Árabe, o Movimento Passe Livre ou as recentes manifestações favoráveis ou contrárias ao impedimento da Presidente Dilma Rousseff, observamos novas formas de sincronização social e usos do espaço público.

Para além deste cenário, a utilização de aplicativos como o Waze ou Uber vem promovendo alterações drásticas no âmbito da mobilidade, seja no âmbito do transporte público, seja no particular, possibilitando a redução de custos e/ou tempo de deslocamento simultaneamente à instauração de confrontos relacionados a interesses complexos e difusos das classes trabalhadoras que repentinamente se vêem diante de reconfigurações do mercado de trabalho. Fluxos urbanos e fluxos de informação se alinham de forma indissociável.

Se por um lado o fluxo das vias urbanas são objetos que atraem a observação atenta de emissoras de rádio e televisão buscando relatar o comportamento do caos das grandes cidades, por outro são elas o palco de passeatas ou carreatas vinculadas às mais diversas causas que buscam não mais a sensibilização do governante, mas a visibilidade midiática inerente à notícia da interrupção do transporte de bens e de trabalhadores, interferindo na lógica da produtividade tão cara ao capital. Para além do horizonte do cotidiano, não é possível desconsiderar que é justamente esta visibilidade promovida pelo aparato midiático que engendra ações condenáveis como a realização de atentados diversos em locais de grande apelo simbólico como o Bataclan (Paris), o Aeroporto Atatürk (Istambul), o caso da boate Pulse (Orlando) ou o mais célebre de todos os atos terroristas, a destruição das torres do World Trade Center (Nova Iorque), no qual a dimensão simbólica do poder econômico é materializada na forma de uma arquitetura cuja destruição é planejada a partir da lógica maximização do impacto decorrente da escolha do melhor horário para a transmissão ao vivo para todo o mundo.

Por fim, como bem apontava Jung, tamanha luz (a visibilidade) não poderia existir sem que houvesse uma grande sombra (a invisibilidade). A despeito de ser a cidade palco de conflitos e visibilidades na busca de direitos, comunidades inteiras permanecem invisíveis ou com baixa visibilidade em razão da própria impossibilidade de ocupar os espaços da cidade. Bolivianos, Haitianos e outros tantos imigrantes sentem grandes dificuldades tanto quanto a comunidade LGBT, dependentes químicos e outros grupos menos favorecidos, confinados a uma segregação espacial reforçada pela estereotipia das representações em grande parte dos meios de comunicação.

Comissão Organizadora - Livro Compós 2018

Carlos Magno Camargos Mendonça - UFMG
Mauricio Ribeiro da Silva - UNIP
Carlos Alberto de Carvalho - UFMG
José Eugenio de Oliveira Menezes – FACASPER
Maria das Graças Pinto Coelho - UFRN

Mais informações na página da Compós.

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