Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
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Chamada de artigos para a revista Brasília. Nova Série

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Estudos Brasileiros, Chamada para artigos, Literatura

O grupo de Estudos Brasileiros em Portugal propõe-se reativar o título, que se chamará BRASÍLIA. Nova Série. A revista terá periodicidade semestral, ficará alojada na plataforma da Imprensa da Universidade de Coimbra, e será dirigida por Abel Barros Baptista, da Universidade Nova de Lisboa, e Osvaldo Manuel Silvestre, da Universidade de Coimbra. A sua Comissão Científica incluirá especialistas portugueses, além de brasileiros e de outros países. A revista funcionará em regime de Avaliação por Pares e terá como objectivo ser indexada a breve prazo nos índices de referência nos Estudos Brasileiros e nas Humanidades. A revista usará como línguas de trabalho o português e o inglês.
 
A BRASÍLIA. Nova Série será lançada já com o estabelecimento prévio dos Call for Papers dos 2 primeiros números:
 
Vol. 1, n. 1 (Janeiro de 2017): O conceito de literatura brasileira [Call for Papers por Osvaldo Manuel Silvestre]
 
Vol. 1, n. 2 (Julho de 2017): Um mapeamento da literatura brasileira contemporânea [Call for Papers por Roberto Vecchi]
 



 
CALL FOR PAPERS do Vol. 1, n. 1:
 
“O conceito de literatura brasileira”
 
Título de um breve livro de Afrânio Coutinho, de 1960, o entendimento do «conceito de literatura brasileira» permanece pleno de consequências para a história e a crítica da literatura brasileira. Recorde-se que, nesse livro, Coutinho atacava sobretudo as posições de Antonio Candido na Formação da Literatura Brasileira, pondo em causa a facilidade com que este «alijava» toda a literatura do período colonial, como se ela não fosse relevante para o seu conceito de literatura brasileira. Não aceitando a periodização tradicional que qualifica essa literatura como «colonial», Coutinho reivindicava, contudo, o direito a anexá-la, por inteiro, à História da Literatura Brasileira, que sem esses primórdios ficaria mais pobre. O argumento conjuga o formalismo – não há literatura «colonial» mas sim «barroca», por exemplo – com o nacionalismo, que Coutinho manifesta ter dificuldade em reconhecer em Candido. Este, por seu turno, parece mais preocupado em reconhecer um «sistema literário» a operar já adulto no Brasil do que em reivindicar origens ou primícias – «manifestações literárias» – cujo único mérito seria o de exprimirem uma nacionalidade proto-brasileira. Mas a forma como relega para o exterior do seu construto a relação com a literatura portuguesa (ao contrário de Coutinho, que faz dessa relação o seu drama teórico e político), evidencia a que ponto a Formação da Literatura Brasileira se insere ainda numa lógica de afirmação nacional.
 
Entre as várias versões do nacionalismo literário brasileiro e a possibilidade de uma perspetiva cosmopolita, trata-se de saber, no limite, se necessitamos mesmo de um conceito de literatura brasileira e o que se joga na hipertrofia (teórica e política) dessa necessidade.
 
Temário:
 
. A formação da literatura brasileira: perspetivas concorrentes.
. Perspetiva nacional versus perspetiva cosmopolita.
. A literatura brasileira como literatura pós-colonial: da antropofagia às teorias da «transculturação».
. Os estudos literários brasileiros e a universidade.
. História literária e Teoria literária na Formação da Literatura Brasileira.
 
Prazos
 
A data final para apresentação de propostas de artigos para o Vol. 1, n. 1, da BRASÍLIA. Nova Série, é 30 de Outubro de 2016. O site da revista na plataforma OJS será em breve anunciado. Até lá, qualquer esclarecimento sobre matérias relacionadas com o nº 1 da nova série da revista pode ser obtido através do endereço eletrónico do IEB: ieb.fluc@gmail.com.
 
Fonte: Instituto de estudos Brasileiros (IEB)

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