Faleceu na cidade do Mindelo, no passado dia 24, sexta-feira, o poeta e político Corsino Fortes, após uma longa batalha contra a doença.
 
Corsino António Fortes, natural do Mindelo (ilha de São Vicente), foi o primeiro embaixador de Cabo Verde em Portugal, cargo que exerceu desde 1975 a 1981.
 
Foi Presidente da Associação dos Escritores de Cabo Verde (2003-2006) e da Academia Cabo-Verdiana de Letras, desde que foi fundada em 2013.
 
No passado dia 6 de julho, no âmbito das comemorações do 40.º aniversário da Independência, tinha-lhe sido atribuído pela Academia Cabo-Verdiana de Letras o Grande Prémio Literário Vida e Obra.
 
O lançamento de um número especial da Revista Pré-Textos será o segundo tributo da Academia Cabo-Verdiana de Letras ao seu primeiro presidente, um homem «de grande dimensão, cuja força criadora e benevolência fez dele uma unanimidade nacional», diz Vera Duarte, vice-presidente da ACL.
 
«Vamos lançar um número especial da revista Pré-Textos em tributo ao Corsino Fortes. Infelizmente, ele não vai estar presente. Mas conseguimos reunir os seus poemas líricos e produzir o Sinos do Silêncio e de alguma forma demonstrar o amor, a amizade e todo o contributo que ele deu para a literatura cabo-verdiana», frisou Vera Duarte.
 
Falando da dimensão da sua obra, Vera Duarte diz que Corsino Fortes «era comprometido com a vida social e cultural da sua urbe. Foi um homem de várias valências, que agia em todos os meios, social, político, cultural e económico do país e que ajudava a todos que o procuravam».
 
 
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