Escola de Verão da NOVA FCSH | Curso livre: Da carta e do diário à novela gráfica
Início: ⋅ Fim: ⋅ Data de abertura: ⋅ Data de encerramento: ⋅ Países: Portugal
Estão abertas as inscrições para o curso livre Da carta e do diário à novela gráfica: confissões e ecos da cultura letrada. Pretende-se com este curso reconhecer nas narrativas traços da formação das novelistas escolhidas: que contributos trouxeram para a novela gráfica, a partir do teatro, da pintura, da caligrafia e da própria experiência com a literatura de ficção, numa trajetória pessoal árdua e permeada de dúvidas? Para mais informações clique aqui e para se inscrever clique aqui.
Docente Responsável: Ana Paula Guimarães
Docentes: Betina Ruiz
Áreas: Línguas, Literaturas e Culturas
Objetivos:
Reconhecer nas narrativas traços da formação das novelistas escolhidas: que contributos trouxeram para a novela gráfica, a partir do teatro, da pintura, da caligrafia e da própria experiência com a literatura de ficção, numa trajetória pessoal árdua e permeada de dúvidas? Tal reconhecimento ajudará a compreender outras implicações dos relatos em 1ª pessoa produzidos por elas (o uso de mapas, cartas, diários e fotografias, por exemplo). Será interessante reconhecer, igualmente, os sentimentos que afloram da leitura das novelas gráficas selecionadas: quer seja a ternura - pelo que na família já foi desgastante -, quer a capacidade de conciliação, quer o humor como recurso diante das situações ambíguas que personagens e leitores atravessam.
Programa:
Certas novelas gráficas recentes enfatizam a reflexão sobre o familiar e o individual, nos processos de crescimento pessoal. Nos subtítulos de Fun Home, Persépolis e Adeus Tristeza encontramos “Uma tragicomédia familiar”, “A história de uma infância e a história de um regresso” e “A história dos meus ancestrais”, pois tais obras tratam dos percursos trilhados por suas autoras e também quer por pai e mãe, avós e tios, resvalando em maior ou em menor grau nos contextos políticos, sociais e culturais envolventes. Ora o tom escolhido pelas autoras é de melancolia, ora de ironia. A linguagem, podemos notá-la recheada de metáforas ou mais informal e também objetiva. Há muito o que observar, em termos de seleção e combinação de elementos autobiográficos e de formas de os apresentar ao público. À semelhança da boa literatura escrita, tais novelas proporcionam altos voos, com o acréscimo de nos oferecerem representação visual trabalhada ao pormenor e, por isso mesmo, rica e estimulante.
Pré-Requisitos:
Conhecer novelas gráficas.
Bibliografia:
BECHDEL, A. Fun Home, uma Tragicomédia Familiar. Lisboa, Contraponto, 2012.
SATRAPI, M. Persépolis, a História de uma Infância e a História de um Regresso. Lisboa, Contraponto, 2012.
YANG. B. Adeus Tristeza, a História dos Meus Ancestrais. São Paulo, Companhia das Letras, 2012.
HILLESUM, E. Diário. 1941-1943. Lisboa, Assírio & Alvim, 2009.
MUTARELLI, Lourenço. Quando meu pai se encontrou com o ET fazia um dia quente. São Paulo, Companhia das Letras, 2011.