Quinta-feira, 28 de Março de 2024
Formação

Curso Sintaxe Espacial: usabilidade do espaço urbano e arquitetónico

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Portugal

Antropologia, Arquitetura, Ciências Sociais, Economia, História, Paisagem, Sociologia

O workshop Sintaxe Espacial: Ferramentas e técnicas de análises sobre usabilidade do espaço urbano e arquitetónico acontece de 20 de janeiro a 11 de fevereiro no Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Organizado pelo Centro em Rede de investigação em Antropologia (CRIA), tem como público alvo profissionais e estudantes das várias áreas disciplinares (Arquitetura, Urbanismo, Paisagem, Geografia, Arqueologia, Antropologia, Biologia, História, Sociologia, Economia e Gestão, etc.) que procurem realizar análise espacial com ferramentas analíticas inovadoras que permitem visualizações gráficas e potenciam a criação e a descoberta do novo conhecimento com potenciais vantagens para a investigação e para a prática do planeamento físico. As inscrições podem ser feitas até 10 de janeiro.

 Eixo temático

O workshop de Sintaxe Espacial enquadra-se no âmbito da análise espacial, e tem como objetivo promover o interesse profissional e académico pelo ambiente físico enquanto agente de produção social e de culturas espaciais. O evento está desenhado para o entendimento da usabilidade do espaço em edifícios e espaços urbanos através dos conceitos, técnicas e ferramentas subjacentes à abordagem Space Syntax e visa responder às seguintes questões: De que modo a forma espacial está relacionada com a performance social dum lugar? Em que medida as atividades e os comportamentos humanos são consequências espaciais? Existe alguma forma de explicar e prever o modo como determinada configuração espacial pode ser vivida e experienciada?

 A Sintaxe Espacial ou Lógica Social do Espaço, também designada como a ciência que estuda o comportamento humano em edifícios e espaços urbanos, surgiu na UCL a partir dos anos 70 tendo como percursores Bill Hillier e Julienne Hanson. O seu maior desafio é descrever fenómenos espaciais complexos que são em si mesmo não-representáveis, mas que, através das técnicas e ferramentas digitais desenvolvidas se podem tornar visíveis. Tendo origem na área de arquitetura, a sua utilidade é hoje reconhecida por um crescente número de áreas disciplinares. Inclui programas de computador para modelar sistemas espaciais complexos, onde as medidas topológicas como a acessibilidade, proximidade, visibilidade, centralidade, etc., podem ser analisadas de forma preditiva.
 
A Sintaxe Espacial é atualmente considerada um método eficaz e credível para efetuar análises espaciais. A investigação empírica tem demonstrado que as medidas sintáticas apresentam uma boa correlação com os dados reais do movimento e copresença de pessoas, e consequentemente, com as atividades que se desenvolvem em cada espaço. Neste contexto, têm sido avaliados fluxos e deslocamentos, sinalização, comunidades, distribuição económica, produtividade associada ao espaço de trabalho, comportamento dos consumidores, interação dos visitantes, zonas de criminalidade, aplicações arqueológicas, etc. Pode ser usado a várias escalas, do edifício ao espaço urbano, e representa uma mais-valia no apoio às decisões políticas de organização do território, organização de empresas, etc., onde a configuração do espaço é entendida como determinante da ocupação e da vivência dos lugares.
Neste workshop e para além da abordagem teórica aos métodos e técnicas da Sintaxe Espacial, a operacionalização de ferramentas digitais será demonstrada através de exercícios práticos, tendo por base diversas escalas do território - do edifício à cidade

Programa
1. O que é a Sintaxe Espacial ou Lógica Social do Espaço?
2. Escalas de análise do ambiente construído (micro e macro)
3. Técnicas de representação e análise configuracional do espaço
4. Medidas sintáticas
4. Software e ferramentas digitais da Sintaxe Espacial
5. Técnicas de observação e mapeamento da usabilidade do espaço
6. Exercícios práticos (edifícios e espaços urbanos)
 
 Mais informações na página do CRIA.

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