Sexta-feira, 19 de Abril de 2024
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XVI Jornada Corpolinguagem e XVII Encontro Outrarte

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para trabalhos, Psicanálise, Tradução

A XVI Jornada Corpolinguagem e o VIII Encontro Outrarte acontecem entre 16 e 18 de novembro, organizados pelo Instituto de Estudos da Linguagem da Universidade Estadual de Campinas (IEL-Unicamp). Com o tema A historicidade não é o que se espera: caso, ficção e poesia em psicanálise, as propostas de trabalhos podem ser enviadas até 1º de setembro.

Eixos temáticos:

1 – PSICANALISAR: o caso, da exceção à transmissão
2 – ESCREVER: da literatura ao caso
3 – TRADUZIR: da transmissão ao caso
4 – PUBLICAR: da análise ao caso
5 – Os casos freudianos como paradigma…e depois, Lacan

Tais eixos apontam para modos de pensar tanto uma passagem, quanto uma irredutibilidade que mantém sempre problemático o intervalo – entre a ciência e a arte, entre o particular e o paradigma, entre singularidade e universalidade, entre a exceção e a transmissão. Assim, pode-se perguntar pela operação que faz um texto literário passar a caso. Não necessariamente um caso na/para a literatura, mas um caso na/para a clínica psicanalítica. Sabe-se que Freud, sem nunca ter escutado Schreber, extraiu de seus escritos de defesa um caso clínico e que Lacan disse ter encontrado em Le ravissement de Lol V. Stein um delírio clinicamente perfeito. Nas duas situações nos perguntaríamos de onde advém e como se constrói o caráter clínico nas/das leituras de Freud e de Lacan.

Se dissemos de modos de pensar o caso entre sua passagem e sua irredutibilidade – à tradução, à escrita, ao público, ao conceito, à teoria – isso implica colocar em jogo os modos de formalizar: é preciso fazer caso do modo de transmitir, e nisto há que retornar a Freud. Não sem Lacan que, em outro paradigma, propõe modos de formalização dos casos. As perguntas que se impõem são as seguintes: o que muda no que respeita à reflexão sobre o caso quando assumimos esta mudança de paradigma? O que dessa mudança de paradigma se forja em um novo estilo? Ou ainda, deixando ressoar Lacan, “Aquilo que a psicanálise nos ensina, como ensiná-lo?”

A pista e a aposta, elas ainda, podem ser entrevistas quando Lacan aponta que o engano inconsciente se denuncia na sobrecarga retórica com a qual Freud demonstra seus argumentos, ensinando, talvez, que nomear algo exige um desvio daquilo que inicialmente prometeu-se relatar. Desvio retórico e estilo não caminham separados. É o próprio Freud quem irá assim finalizar seu “Além do princípio do prazer”: “De resto deixemos que um poeta nos console a respeito do lento avanço de nosso conhecimento científico: ‘Aquilo a que não podemos chegar voando, temos de alcançar mancando. A Escritura diz que mancar não é pecado.”

Comissão Organizadora:

  •     Camilla Mariana Rehem Ferreira (UNICAMP)
  •     Carolina Morari Mendes (UNICAMP)
  •     Flávia Lima Lopes de Oliveira (UNICAMP)
  •     Flávia Trocoli (UFRJ)
  •     Lilian Braga dos Santos (UNICAMP)
  •     Maria Cecília Franchin (UNICAMP)
  •     Maria Raquel de Aguiar (UNICAMP)
  •     Mariana Maroca de Castro (UNICAMP)
  •     Nina Leite (UNICAMP)

Comissão Científica:

  •     Angela Vorcaro (UFMG)
  •     Cláudia Lemos (UNICAMP)
  •     Fabio Akcelrud Durão (UNICAMP)
  •     Flávia Trocoli (UFRJ)
  •     Maria Rita Salzano de Moraes (UNICAMP)
  •     Nina Leite (UNICAMP)
  •     Suely Aires (UFRB)
  •     Viviane Veras (UNICAMP)


Mais informações na página da XVI Jornada Corpolinguagem e XVII Encontro Outrarte e também através do e-mail xvijornadaviiioutrarte@gmail.com.

 

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