Sábado, 20 de Abril de 2024
Congressos

Seminário "Writing Mozambique's History"

Início: Fim: Países: Moçambique, Portugal

Estudos Africanos, História

Nona e última sessão do ciclo 2016/2017 do seminário "Marcas do Império – Colonialismo e Pós Colonialismo na Época Contemporânea", organizado por Maria José Lobo Antunes (ICS), Mário Machaqueiro (IHC-FCSH/NOVA), Paulo Jorge Fernandes (IHC-FCSH/NOVA) e Pedro Aires Oliveira (IHC-FCSH/NOVA).

Esta sessão é uma a co-organização do Instituto de História Contemporânea da FCSH/NOVA e Centro de Estudos Sobre África, Ásia e América Latina do ISEG.

A convidada é a historiadora Jeanne Penvenne (Universidade de Tufts, EUA).

 

Sobre a oradora:

Jeanne Penvenne doutorou-se na Universidade de Boston e é professora de História na Universidade de Tufts (EUA), especializando-se em história social e do trabalho. Desde 1977 que escreve e ensina sobre a história de Moçambique, tanto nos EUA como em Moçambique (Universidade Eduardo Mondlane, Maputo). Um dos seus projectos actuais centra-se no ensino da história do Sul de África nos EUA; um outro pretende estudar o jornal moçambicano 'O Brado Africano', para mapear as redes sociais que uniam (e dividiam) os moçambicanos no desafio às estratégias coloniais; por fim, tem ainda um projecto de estudo dos materiais artísticos, literários e de performance moçambicanos e do seu papel para a compreensão do passado de Moçambique.

 

Resumo:

Since 1975 Mozambican history has experienced an extraordinary flowering of new research, new scholarly publications, visual sources, and new media in a panorama of disciplines and from around the world. The veil of silence and censorship maintained by the New State ended in the mid-1970s, but the regional destabilization and Frelimo's Marxist / Leninist posture combined to chill the potential of historical research for another generation. Nonetheless, new generations of Mozambican historians were trained, and they have been joined in the archives and field by scores of scholars from Portugal and around the world.
This is an extraordinarily exciting time to focus on Mozambican history. We have so much to learn. So many new voices have joined a conversation, but so many thousands more have yet to have their realities seriously embraced. Vernacular languages, taped narratives and mapped layers will undoubtedly lead scholars to completely unanticipated yet deeply meaningful conversations. The seminar will probe these avenues. How do the questions posed by different disciplines lead to richer entanglements? How do we more critically read colonial archives and newspapers? How do we listen more attentively to history performed, sung and painted?

 

Sobre este ciclo:

Nos últimos anos tem-se assistido a um interesse crescente, no âmbito das ciências sociais em Portugal, por temáticas relacionadas com o colonialismo português e com as marcas que o mesmo deixou naquilo que designamos como pós-colonial. Áreas de investigação como a história, a antropologia e a sociologia, mas também os estudos literários e os estudos culturais, têm vindo a abordar o colonialismo e a guerra colonial nas suas mais diversas vertentes: a história política e militar do "império" e da sua preservação defensiva; a legitimação ideológica e as estratégias de representação ou de simbolização identitária do colonialismo; a construção e colaboração dos saberes científicos, particularmente da ciência antropológica, ao serviço da ordem colonial; as políticas coloniais de controlo e governança das populações; a manipulação do étnico e do religioso por essas mesmas políticas; as estratégias de resistência do colonizado e as lutas anticoloniais; as vicissitudes da inserção do sistema colonial português no quadro das relações internacionais; os impactos da experiência colonial nas trajectórias pós-coloniais da emigração e nos padrões de integração em Portugal dos imigrantes de países lusófonos. Se determinadas abordagens optam por focar aspectos específicos, como a mobilização dos aparelhos repressivos e da intelligence no combate aos movimentos nacionalistas, outras procuram desenvolver métodos comparativos de modo a inserir o colonialismo português na lógica global dos colonialismos europeus, identificando eventuais cumplicidades e a circulação de técnicas de poder entre os diferentes sistemas de dominação colonial. Muitos destes trabalhos de investigação têm vindo também a desafiar e a reconfigurar conceitos, repensando metodologias, ao mesmo tempo que questionam as próprias noções de colonialidade e pós-colonialidade.

 

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