Maio de ’68 e os Portugueses – Colóquio na Universidade de Évora
Início: ⋅ Fim: ⋅ Data de abertura: ⋅ Data de encerramento: ⋅ Países: Portugal
Chamada para trabalhos, Ciência Política, Ciências Sociais, História
Maio de ’68 e os Portugueses – Colóquio
Universidade de Évora, 17 e 18 de Maio de 2018
Chamada para comunicações
Os acontecimentos de Maio e Junho de 1968 em França têm sido caracterizados como uma revolta espontânea antiautoritária desencadeada por estudantes universitários que deram voz às suas aspirações libertárias e críticas dum modelo civilizacional burguês, consumista e imperialista. Como movimento social, apresentou-se multiforme, plural e descentralizado, ganhando expressão com o apoio de milhões de trabalhadores que recorreram à greve geral. Apesar da normalização imposta, o Maio de 68 constitui um marco cultural e uma referência que ultrapassou as fronteiras francesas. O estudante universitário emerge como um actor social crítico e interventivo, tal como ocorreria em Portugal na crise académica do ano seguinte. Por outro lado, a experiência de Maio foi vivida também por jovens exilados políticos portugueses e por emigrantes que viriam a participar, de diferentes modos, na revolução portuguesa. Numa visão mundial, a participação estudantil nos processos de mudança política e social iria ainda marcar as décadas de 1980 e 1990.
No cinquentenário do Maio de ’68, a Escola de Ciências Sociais e o Centro de Investigação em Ciência Política, através do seu programa de doutoramento em História Contemporânea, promove um colóquio destinado a reflectir sobre os intelectuais e os estudantes nos movimentos sociais e políticos.
No essencial, o colóquio é aberto à participação de investigadores e estudantes e tratará dos seguintes tópicos:
- Maio de ’68: memória e testemunhos
Testemunhos sobre como a experiência Maio 68 e o seu lastro cultural alteraram mundivisões, afectaram percursos, opções de vida e orientaram novas formas de intervenção.
- O Maio de 68 em Portugal
Tem sido atribuída à emigração política e económica para França algum impacte na configuração das "esquerdas irreconciliáveis" dos anos '70. Por outro lado, os movimentos estudantis de 69 e os anos que se seguiram forjaram experiências comuns para determinados grupos e lançaram as bases para muitas das conquistas sociais que permaneceram depois do período de "normalização" da vida portuguesa. No essencial, trata-se de reflectir sobre as múltiplas dimensões dos elos e efeitos empiricamente detectáveis relativos àquele evento.
- O Maio de 68 e os novos movimentos sociais
Que herança ficou do Maio de ’68? Em que medida podemos encontrar o seu lastro nos novos movimentos sociais? Que espaço existe para a utopia na era da «engenharia social»?
- Estudantes e universidades como actores sociais e políticos
O Maio de 68 invoca a importância da sociabilidade política nas universidades e dos estudantes como actores sociais e protagonistas em processos de mudança política a partir da década de 1960. Trata-se aqui de criar espaço para a comparação e reflexão sobre o lugar destes espaços e actores na transformação das sociedades contemporâneas no último terço do século XX.
Os interessados deverão enviar, até ao dia 30 de abril, as suas propostas de comunicação, indicando o título, resumo (até 500 palavras) e breve nota curricular para o endereço: secretariado.cicp@uevora.pt
A participação no colóquio é livre e gratuita mas exige a inscrição prévia, enviando uma mensagem para o endereço: secretariado.cicp@uevora.pt
Local: Évora, Palácio Vimioso e Colégio Espírito Santo, Universidade de Évora
Dias: 17 e 18 de maio de 2018
Organização:
Paulo E. Guimarães, CICP / ECS – UÉ
Isabel Camisão, CICP / ECS – UÉ
Ema Pires, IHC / ECS – UÉ
Margarida Amoedo, CHAM / ECS – UÉ