Sexta-feira, 29 de Março de 2024
Congressos

III ENIDH - Direitos Humanos em Tempos de (Des)ordem

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para trabalhos, Ciências Humanas e Sociais, Direito, Direitos Humanos

Os III Encontros Interdisciplinares de Direitos Humanos (Enidh) acontecem de 29 a 31 de março em Teresina e têm como tema Direitos Humanos em Tempos de (Des)ordem. Organizados pela Universidade Federal do Piauí, os Encontros Interdisciplinares de Direitos Humanos propõem a promoção de diálogos sobre os direitos humanos - DDHH entre as integrantes da comunidade acadêmica e da sociedade civil, proporcionando um espaço de reflexão sobre o papel dos DDHH na transformação social e na construção da democracia. Os investigadores interessados em enviar trabalhos têm até 27 de janeiro.

Eixo temático

Buscando a concretização de um olhar interdisciplinar sobre a temática, este evento projeta-se para uma organização pluridisciplinar e interinstitucional que dialogue em torno da concepção de direitos humanos como processos, como "o resultado sempre provisório das lutas que os seres humanos colocam em prática para ter acesso aos bens necessários para a vida" (HERRERA FLORES, 2009, p. 28). Os Encontros também buscam a difusão de pesquisas e de experiências em direitos humanos, teóricas e empíricas, que sejam formuladas em bases interdisciplinares e críticas, selecionando trabalhos que serão apresentados nos seus Grupos de Trabalho (GT's), com posterior publicação em anais.

Os Encontros Interdisciplinares de Direitos Humanos nascem do reconhecimento de que as universidades só fazem sentido se nos põe a pensar, sobretudo sobre o lugar onde estamos e os emaranhados sociais que nos constituem. Nessa prática, de pensar, a crítica e a sensibilidade colocam-se como essenciais para construção de um pensamento com disposição ao diálogo, ao encontro com o Outro.
Para que esses encontros e diálogos ocorram, é preciso criar espaços, possibilidades ou pontes, como diria José Pacheco. Eles não estão dados. E, na maior parte do tempo, não estamos disponíveis, atentos ao Outro. A indiferença e liquidez são marcas dos nossos dias. É preciso que nos tornemos atentas e corajosas para inventá-los. Esses eventos são uma aposta na invenção de espaços onde a fala possa ser partilhada e a troca possa acontecer.

Os Encontros Interdisciplinares de Direitos Humanos só fazem sentido se construírem-se como um local de acolhimento das vozes que gritam por Alteridade e Democracia. Não há alteridade sem democracia, sem autonomia. É preciso transformar a pedagogia da indiferença (WARAT, 1997) em uma pedagogia do afeto, da transgressão e da alteridade.  Entendendo que a educação não deve ser compartimentada em disciplinas que não conversam umas com as outras e que a interdisciplinaridade é um dos nossos maiores desafios na produção atual do conhecimento (o mundo não está dividindo em caixinhas), exigimo-nos a prática de um pensar complexo.

É preciso desaprender a universidade para, quem sabe, possamos fazer aquilo que a dá sentido: fazer pensar. Como nos ensina Manoel de Barros: desaprender oito horas por dia ensina os princípios. A palavra falada não tem rascunho. Esse é um Encontro para que não percamos a capacidade de fazer perguntas, despertar sentidos, criar pontes e costurar argumentos.

Mais informações na página do III ENIDH.

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