Sexta-feira, 29 de Março de 2024
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II Encontro Ciberfeminista Internacional: descolonizando internet

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Estudos Feministas, Eventos, Género

Acontece em Salvador o II Encontro Ciberfeminista Internacional: descolonizando internet” que acontece na tarde de 15 de março, durante a 13ª edição do Fórum Social Mundial (FSM). A edição de 2018 do fórum será realizada de 13 a 17 de março.

O objetivo do encontro é reunir lideranças feministas e de grupos de mulheres que utilizam a internet para a socialização de experiências e proposição de espaço seguros, de autodefesa e de usos críticos dessa ferramenta de comunicação, além de pensar na criação da Rede de Ciberfeministas Brasil.

Organizam o II Encontro Ciberfeminista Internacional a Associação Cultural e Artística de Santiago do Iguape, Cachoeira/BA; Blogueiras Negras; PretaLab; InternetLab; Meninas Digitais-Regional Bahia; Escola de App; Intervozes; Barão de Itararé; Grupo de Pesquisa em Políticas e Economia da Comunicação e da Informação (PEIC/ECO/UFRJ); e do Grupo de Pesquisa em Gênero, Tecnologias Digitais e Cultura (GIG@/FACOM/UFBA).

A Rede

A Rede Ciberfeministas BR parte da compreensão da apropriação da internet como um direito humano e dos ciberfeminismos contemporâneos como o cruzamento de diversas estratégias de comunicação digital amplamente utilizadas pelos movimentos de mulheres. Por isso, pretendemos discutir, capacitar e debater formas de defesa do ativismo feminista (cis e trans) na internet, focando na privacidade e na segurança digital do ponto de vista feminista decolonial.

Esse trabalho coletivo tem o intuito de produzir possibilidades para uma internet inclusiva, feminista e antirracista. Partimos da compreensão das brechas digitais de gênero e raça e do combate à violência e discriminação contra as mulheres cis e trans, negras e indígenas na internet. Essas brechas são entendidas como consequência do lugar subalterno das mulheres na tecnologia e se aprofundam pelas condições desenvolvidas pela maioria das aplicações mais populares, como sites de redes sociais e serviços de mensagens, cujos modos de funcionamento são opacos para suas usuárias.

Esperamos que essa produção possa fortalecer redes de mulheres tanto a nível local como global, ajudando-as, por exemplo, a encontrar formas de autodefesa nas redes sociais corporativas mais populares, como Twitter e Facebook. "Pretendemos, mediante debate e análise de casos, prevenir e reduzir os danos que são produto das violências misóginas e racistas em suas diferentes manifestações: trollagem, doxing, vigilância, assédios, invasões, devassa de dados, imagens e mensagens privados, hack de senhas e etc", enumera a coordenadora do Gig@, Graciela Natansohn.

O I Encontro Internacional Ciberfeminista aconteceu em setembro de 1997 no marco da Documenta X, uma das mostras mais importantes de arte contemporânea do mundo, realizada a cada cinco anos em Kassel, na Alemanha. Naquela edição, compareceram VNS Matrix, subRosa, além de outros grupos dos EUA, União Europeia, Austrália e Rússia. Na ocasião, a Old Boys Network (OBN) foi a anfitriã. Esse grupo, liderado por Cornelia Sollfrank, surgiu de INNEN, um coletivo de quatro mulheres artistas que trabalharam formatos eletrônicos e perspectiva de gênero, fundado em Hamburgo, na Alemanha, em 1992.

Serviço
O que: “II Encontro Ciberfeminista Internacional: descolonizando internet”
Quando: 15 de março de 2018
Onde: No 13º Fórum Social Mundial, em Salvador (BA)
Inscrições para o FSM: https://wsf2018.org/
Inscrições para a atividade: https://wsf2018.org/es/membros/larissantiago/groups/

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