II Congresso Internacional Línguas, Culturas e literaturas em diálogo
Início: ⋅ Fim: ⋅ Data de abertura: ⋅ Data de encerramento: ⋅ Países: Brasil, Itália
Chamada para STs, Estudos Comparatistas, Estudos Culturais, Letras, Língua, Literatura
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
UNIVERSITÀ DEGLI STUDI DI PERUGIA
CILBRA – Centro Studi Comparati Italo-Luso-Brasiliani
UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS
INSTITUTO FEDERAL DE BRASÍLIA – IFB
CHAMADA DE INSCRIÇÃO DE SIMPÓSIOS
II Congresso Internacional
LÍNGUAS, CULTURAS E LITERATURAS EM DIÁLOGO: IDENTIDADES SILENCIADAS
Brasília, 16 - 18 de agosto de 2018
Como desdobramento do que foi proposto no I Congresso, Culturas e Literaturas em Diálogo: identidades em movimento, organizado em 2016 pelo CILBRA - Centro de Estudos Italo-Luso-Brasileiros, da Universitá degli Studi di Perugia, pela Universidade de Brasília e pela Universidade Federal de Goiás, no qual apresentaram- se reflexões sobre as migrações, suas consequências e reflexos sobre a vida das pessoas e dos povos envolvidos em processos migratórios, desejamos propor agora o II Congresso, cujo foco se concentrará nas vozes marginalizadas, obscurecidas ou silenciadas nos processos de mobilidade histórico-geográfica e econômico-social, seja como consequência direta de tal processo seja como resultado indireto das dinâmicas a ele relacionadas. Nesse sentido, a ótica de estudo poderá ser sincrônica ou diacrônica, já que muitos dos fenômenos aos quais assistimos hoje ligam-se a origens e causas que remontam ao passado histórico dessas comunidades. As imigrações sempre acompanharam a história humana, mas, talvez nunca como no presente, elas assumiram proporções de um verdadeiro êxodo, com populações inteiras que se deslocam pelo mundo à procura de uma possibilidade qualquer de existência. Se o fenômeno da globalização abriu as portas aos mercados por toda a parte, o mesmo não ocorreu em relação às pessoas e a uma parte considerável de grupos e nações não pode desfrutar do desenvolvimento dos meios modernos de transporte e comunicação, encontrando-se, assim, cada vez mais marginalizada.
Sob outro ângulo, nos países que se formaram em decorrência de processos coloniais como o Brasil, as nações africanas e de toda a América, os vários grupos socioculturais envolvidos desenvolveram modalidades de convivência que deram origem, ao longo dos séculos, a uma sociedade multicultural e multiétnica na qual nem todos conseguiram desfrutar dos mesmos direitos de cidadania e nem todos são igualmente respeitados. Entre as vozes silenciadas, no caso dos países latino- americanos, podemos citar, por exemplo, o caso dos índios originários do continente, os vários africanos que chegaram como escravos, os imigrantes vindos de diversos continentes, os pobres condenados por uma urbanização selvagem a viver em periferias degradadas, as mulheres às quais não se reconhecem os mesmo direitos dos homens, as crianças exploradas, os idosos, e todos aqueles que não podem ser absorvidos pela sociedade de consumo e que, por isso, são descartados.Em tal processo de guetificação, o conceito de limite ou fronteira é fundamental, seja ele entendido como territorial (entre regiões ou entre países distintos), seja sociocultural (entre grupos internos que exprimem línguas culturas e ideologias distintas da canônica, ou concebida como tal).
Observe-se, nesse sentido, que as línguas e as literaturas são terreno fértil para se observar os intercâmbios e os fenômenos de hibridização, contaminação e fusão entre tradições, ou mesmo de atrito e disputa entre aquilo que é considerado parte do cânone nacional e aquilo que o confronta, voluntariamente e involuntariamente, com a inserção de pontos de vista conflituosos em relação àquele hegemônico. É preciso esclarecer que a noção de "hibridização cultural" não deve levar a mascarar e/ou apagar as origens dos elementos típicos e autênticos, constitutivos das realidades culturais em análise. Em tal ótica, inserem-se também o debate sobre a tradução como processo de enunciação e intepretação das diferenças que não são apenas linguísticas, mas que são sobretudo políticas e culturais.
Serão aceitos trabalhos que tratem de assuntos no âmbito da língua portuguesa, das literaturas de língua portuguesa, brasileira e dos países africanos de língua portuguesa, da língua e da literatura italiana e da literatura comparada que mantenham relação com as culturas de língua portuguesa.
Informações sobre inscrição de simpósios:
Estão abertas até 15/11/2017 as inscrições de Simpósios relacionados à temática proposta no II Congresso Internacional Línguas, Culturas e Literaturas em Diálogo: identidades silenciadas.
Normas:
Os interessados em remeter propostas de organização de Simpósios para o II Congresso Internacional Línguas, Culturas e Literaturas em Diálogo: identidades silenciadas poderão fazê-lo até o dia 15/11/2017. As propostas devem ser enviadas por e-mail, respeitando o seguinte formato:
- Título do Simpósio;
- Nome, titulação e Instituição dos Organizadores (até dois professores-doutores);
- Resumo da proposta do Simpósio (até 2000 caracteres);
- Palavras-chave (até 5);
- Referências Bibliográficas.
O e-mail para envio das propostas de Simpósio é: lcldialogo@gmail.com
Comissão Organizadora
Alexandre Pilati (UnB)
Eloisa Pilati (UnB)
Rozana Naves (UnB)
Solange Fiuza (UFG)
Wilson Flores (UFG)
Daniele Rosa (IFG – DF)
Anna Sulai Cappone (Unipg – Itália)
Paula de Paiva Limão (Unipg - Itália)
Vera Lucia de Oliveira (Unipg - Itália)
Comitê Científico
Alexandre Pilati (UnB)
Eloisa Pilati (UnB)
Edvaldo Bergamo (UnB)
Regina Dalcastagnè (UnB)
Rozana Naves (UnB)
Solange Fiuza (UFG)
Wilson Flores (UFG)
Marcelo Ferraz (UFG)
Daniele Rosa (IFG – DF)
Anna Sulai Cappone (Unipg – Itália)
Paula de Paiva Limão (Unipg - Itália)
Vera Lucia de Oliveira (Unipg - Itália)
Roberto Vecchi (Unibo – Itália)
Giorgio De Marchis (Roma Tre – Itália)
Ana Maria Lisboa de Mello (PPG – UFRJ) Vagner Camilo (USP)
Mário Frungillo (UNICAMP)
Antonio Donizeti Pires (UNESP - Araraquara)
Ida Alves (UFF)
Arnaldo Saraiva (Universidade do Porto)
Francisco Topa (Universidade do Porto)
Osvaldo Silvestre (Universidade de Coimbra)
Antonio Manuel Ferreira (Universidade de Aveiro)
Vania Chaves (Universidade de Lisboa)