Quinta-feira, 25 de Abril de 2024
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I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI

Início: Fim: Data de abertura: Data de encerramento: Países: Brasil

Chamada para trabalhos, Ciências Humanas e Sociais, História, Política

O I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI acontece de 4 a 6 de outubro de 2017 em Iheus, na Bahia. Organizado pelo Instituto de Humanidades, Artes e Ciências (IHAC) da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), Campus Jorge Amado, e pelo Departamento de Filosofia e Ciências Humanas (DFCH) da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), celebra que em 2017 a obra O Capital de Karl Marx comemora os seus 150 anos e coloca em fricção as correntes contemporâneas neomarxistas e pós marxistas com aquilo que se produziu (e ainda se produz) no marxismo ortodoxo, provocando, assim, uma resposta à questão: por que importa retornar a Marx? O prazo máximo para o envio de resumos é o 1º de setembro.

Eixo Temático

Em 2017 a obra O Capital de Karl Marx comemora os seus 150 anos. Apesar dos 150 anos que nos separam da sua publicação, o interesse por Marx experimentou nova guinada neste início do século XXI – em particular e não surpreendentemente, a partir da crise financeira de 2007-2008. A crise, considerada por muitos a Grande Depressão dos novos tempos, sacudiu as otimistas expectativas neoliberais, que, embaladas pela tese do fim da história de Fukuyama, foram incapazes de prever as circunstâncias que conduziram à catástrofe. Desde então, autores como David Harvey, Terry Eagleton, Noam Chomsky, Antonio Negri, Axel Honeth, Michael Hardt, Slavoj Zizek, Jacques Rancière, Gianni Vattimo, Alain Badiou, Timothy Morton e Thomas Piketty fizeram reacender o debate e o interesse pelo legado de Marx, reduzido a pequenos grupos da esfera acadêmica pelo menos desde a década de oitenta.

De fato, o interesse por Marx parece experimentar fortes guinadas a cada grande crise do capital. Foi assim, também, com a crise de 1929, a qual -- tangida então pelo "espectro do comunismo" --  o capital respondeu com o regime (social democrata) do Welfare State. A contra resposta do capital à crise atual parece caminhar, ao contrário, para um crescente neoconservadorismo nas esferas política e econômica: na América Latina e em alguns países da União Europeia, os breves governos de esquerda cederam lugar a uma administração neoliberal tradicional, de modo que a precarização do trabalho e dos direitos trabalhistas tem se tornado hoje uma tendência global; na corrida eleitoral estadunidense, nas manifestações que acompanharam a crise política no Brasil, na saída do Reino Unido da União Europeia via Brexit, assistimos a retomada de um nacionalismo que parecia ter saído de moda desde pelo menos o fim da Segunda Grande Guerra, mas que, no século XXI, já desponta como um dos mais graves problemas; por fim, na resposta extremamente exagerada ao fenômeno do terrorismo que, pelo menos desde 2001, tem sido apontada por inúmeros intelectuais como uma manobra articulada para reduzir nossas liberdades e direitos civis. O futuro, antes um horizonte aberto de possibilidades, parece – ao longo do século XX e, principalmente, neste início de século XXI – ter se fechado gradativamente, tornando-se hoje o lugar da catástrofe iminente.

A insistência do capital euro-americano em políticas neoliberais não só faz das catastróficas crises políticas e financeiras tragédias anunciadas como, na área energética, vem impulsionando a mais irracional crise planetária ambiental. O que nos conduz de volta ao tema de que uma grande crise estrutural ou terminal do capital estaria em curso, possibilidade que vem sendo aventada por intelectuais marxistas como István Mészáros, Immanuel Wallerstein e Giovanni Arrighi. Diante da crescente complexidade das crises, resultado do aprofundamento das contradições e dos conflitos de interesse inerentes à lógica do capital, não surpreende a aproximação de diversos intelectuais marxistas contemporâneos com instrumentos de análise e investigação de herança hegeliana, tais quais a teoria dos sistemas, a cibernética de segundo grau e as teorias da complexidade.

Seções Temáticas:

  • Teoria Marxista: uma Teoria das Revoluções
  • Capitalismo, Complexidade e Ambiente
  • Marxismo e minorias para além de A Questão Judaica

Mais informações na página do I Colóquio – O Homem e seu Entorno: Marx no Século XXI e através do e-mail coloquiomarxsec21@gmail.com.

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