Quarta-feira, 24 de Abril de 2024
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Dijon | Segundo Colóquio do Pôle Nord-Est do Institut des Amériques

Início: Fim: Países: França

Ciências Humanas e Sociais, Chamada para trabalhos

A Universidade de Bourgogne, Dijon, recebe, nos dias 18 a 20 de novembro de 2015, o Segundo Colóquio do Pôle Nord-Est do Institut des Amériques, sob o mote Modernidades nas Américas (1910-1970). A chamada para trabalhos está aberta até ao 01 de maio de 2015.
 
Nos dias de hoje, retomar a questão relativa à modernidade – literária, artística, social ou política – significa empregar a palavra no plural e dentro de uma cronologia bem definida. Essas escolhas implicam que não se reduzem ao termo plurivocal e frequentemente ambíguo do modernismo. “A modernidade não é um movimento, tal como o Dada ou o Imagismo. Se a história literária decide denominar modernismo tal movimento, inglês ou espanhol, imediatamente o termo toma um sentido técnico. Ele se fixa e participa apenas fragmentariamente da modernidade” (Meschonnic, p. 26).
 
O objetivo deste colóquio é considerar dentro de novas perspectivas um fenômeno multiforme e multilíngue, em todas as áreas culturais das Américas, em uma interação permanente com a Europa, mas também com outras regiões do mundo. Sem o objetivo de qualquer exaustividade, nem mesmo de uma representatividade objetiva, buscaremos especialmente identificar as linhas de força ou de partilha entre moderno e antimoderno.
 
“Em nome da radicalização artística e do conceito de ruptura”, “deixamos de lado ou minimizamos inúmeras expressões individuais ou coletivas consideradas híbridas, locais, tardias ou antimodernas” (Grenier, p.16) e isso é igualmente verdadeiro em outros domínios além dos da arte. Particularmente na literatura, “é preciso ser antigo para ter alguma chance de ser moderno ou de decretar a modernidade” (Casanova, P. 137). A partir disso, tem-se originado uma pesquisa sistemática por ancestrais do moderno em universos tão distantes quanto os chamados “primitivos” ou indígenas. Aquilo que é considerado “barbaria” frequentemente parece mais moderno que a “civilização” (Sarmiento), desde que saibamos nos resguardar da tentação folclorista. Um certo realismo é, às vezes, mais moderno que um antirrealismo ou um “realismo mágico” proclamado pela vanguarda. “Há igualmente um academicismo do moderno, produzido pela sua própria repetição” (Meschonnic, p.82).
 
As inegáveis diferenças, bem como os pontos de convergência entre Américas anglófonas, francófonas e lusófonas, permitirão, sem dúvida, melhor compreender as especificidades de cada uma dessas regiões e seus próprios contrastes internos no período considerado, entre 1910 e 1970 – ou seja, após o Art Nouveau e antes da invenção da “condição pós-moderna” (Lyotard).
 
Algumas problemáticas, como as das “trocas e preocupações sociais” (Gauthier, p.33), permitirão traçar uma cartografia de dimensões continentais.
 
As propostas de trabalhos (300 palavras em francês, inglês, espanhol ou português) devem ser enviadas conjuntamente aos quatro organizadores científicos, acompanhadas de algumas linhas biográficas até o primeiro de maio de 2015.
 
Modernidades nas Américas (1910-1970)
Segundo Colóquio do Pôle Nord-Est do Institut des Amériques

Universidade de Bourgogne, Dijon, 18-20 novembro de 2015
Maison des Sciences de l’Homme
 
Comissão organizadora
 
Hélène Aji, Universidade Paris-Ouest Nanterre-La Défense, helene.aji@u-paris10.fr
Maria Graciete Besse, Universidade Paris-Sorbonne (Paris IV), maria-graciete.besse@paris-sorbonne.fr
Paul-Henri Giraud, Universidade de Lille 3 Sciences humaines et sociales, paul-henri.giraud@univ-lille3.fr
Fiona McMahon, Universidade de Bourgogne, Fiona.McMahon@u-bourgogne.fr
 
Conferencistas convidados
 
Bill Mohr (California State University, LongBeach, Ca, USA), Claudio Cledson Novaes (Universidade Estadual de Feira de Santana, Brasil), Smaro Kamboureli (University of Toronto, Canada), Erica Segre (Trinity College, Cambridge, RU)
 
Confira a chamada em anexo para mais informações.

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